Oficina realizada pelo IFB trabalha conceitos de moda e sustentabilidade
Sabe aquela peça de roupa que está guardada em seu armário há anos sem usar, mas você não joga fora, pois ela é especial para você? Pois é, foi seguindo esse raciocínio que as professoras Rafaela Asmar e Moema Carvalho Lima realizaram a Oficina de Ressignificação de Produtos Vestidos.
O minicurso aconteceu nessa sexta-feira, 15, no 63º Encontro Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Rafaela dá aula de Design de Moda no Campus Taguatinga e é a idealizadora do projeto. Segundo a professora, a ideia é trabalhar um novo produto em cima dessa peça de roupa, com valor agregado ao design a partir de sua memória afetiva. “Nesta memória está contido tudo aquilo de que você gosta, sem saber o porquê. Podem ser desde suas roupas até o sorvete que você consome, apenas porque te dá prazer. Esse gosto você vai construindo ao longo do tempo”, afirma.
O projeto foi iniciado em fevereiro deste ano e teve sua primeira aula ministrada no evento. Moema Lima também é professora de Vestuário e Design de Moda em Taguatinga. Segundo ela, o próximo passo é levar esse conhecimento aos alunos do IFB.“A gente pretende trazer este projeto aos outros Campi, e a SBPC foi um bom começo, pois havia muitos estudantes reunidos”, afirma.
A primeira experiência de Rafaela foi dentro de casa com a madrinha de seu filho. A maior parte do vestuário trazido foi doado por ela: roupas que não eram mais usadas e estavam perdidas em seu armário.“Nossa proposta é reconstruir esse produto, que tem grande significado e que não está mais em condições de uso”, explica a docente.
Outra ideia inserida no projeto é o trabalho voltado à sustentabilidade. Segundo a professora, grande parte das roupas que compramos hoje são feitas a partir de materiais sintéticos, e assim como os plásticos, elas demoram muitos anos para se decomporem. Ao invés de essas peças serem descartadas de forma indevida ou ficarem ocupando espaço no armário, é possível trabalhar um novo produto em cima delas.
A professora Rafaela, detalhando como será o curso ministrado no IFB, afirma que não se trata apenas de um trabalho de artesanato, e sim de um projeto de design em que existe todo um estudo relacionado. “O primeiro passo é entender por que aquela camiseta, por exemplo, representa tanto para o aluno. Depois eles trarão essas roupas de casa para ser aplicado um novo conceito, e a metodologia do design vai agregando o valor à peça”, explica Rafaela.
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