Mais cinco unidades da Covid-Box serão entregues a hospitais no DF

 “Cuidar de quem está cuidando de cada um de nós na luta contra o Covid-19”. Este foi o apelo que reuniu profissionais do Instituto Federal de Brasília (IFB) para trabalhar na produção de equipamentos de proteção individual voltados para os profissionais de saúde. O projeto envolve a produção de caixas de acrílico ou células protetoras para exames nos pacientes, chamadas de Covid-Box, em produção no Campus Samambaia, conforme pesquisa aprovada pelo edital nº 04, publicado pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura.

 A pesquisa foi notícia em quase todos os veículos de comunicação de Brasília e chamou a atenção pela preocupação em proteger os profissionais de saúde do DF. O projeto da célula de isolamento (Covid-Box) foi realizado em software de computador, assim como a modelagem dos parafusos e porcas utilizadas para a montagem do produto final, e foram utilizados acrílicos transparentes de 5mm e 3mm de espessura e parafusos impressos em impressora 3D com PLA.

As dimensões foram definidas de acordo com as recomendações e necessidades da equipe médica do hospital de Samambaia. O projeto está em constante evolução. Já foram realizadas alterações para aumentar a qualidade do produto desenvolvido e fabricadas mais cinco unidades da caixa de acrílico para serem entregues ao Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) nos próximos dias. 

"A produção da Covid-Box tem a finalidade de proteger, por meio de isolamento, o médico ou demais profissionais e, assim, diminuir a possibilidade de contágio dos profissionais de saúde. Como medida emergencial, o paciente é colocado dentro da box e os médicos apenas manipulam e examinam pelos círculos onde passam os braços", explica o professor Fred Souza, pesquisador responsável pelo projeto.

Já foram desenvolvidos dois protótipos diferentes para essas caixas, que são feitas em acrílico a 5 mm de espessura e têm as peças cortadas a laser, com o uso das máquinas de CNC. O tempo médio de produção de cada box leva até três horas, e é possível fazer de três a cinco caixas por dia, dependendo do apoio de voluntários.

O professor Frederico Souza, que está em contato com a rede de profissionais médicos do HRAN e do Hospital Regional de Samambaia, conta que a ideia é ampliar a produção e fazer a entrega desses equipamentos a esses hospitais, “Por ainda ser um protótipo, o uso é experimental, mas de qualquer forma já há conhecimento de uso em outros países desse tipo de box. Estamos trabalhando sob orientação e recomendação da equipe médica dos hospitais-referências na cidade. Algumas caixas já foram entregues e estão em uso pelos profissionais”, conta o professor.

Para ampliação da produção da Covid-Box, os professores buscam parcerias com empresas que trabalham com o material acrílico, tanto para a doação de insumos quanto na ajuda para a montagem dos equipamentos.  A equipe  do Instituto Federal de Brasília envolvida no projeto Célula de Proteção Covid-Box conta com o professor Carlos Petrônio, da  área de Edificações – projeto e modelagem em computador; Paula Dornelles, da área de Móveis – operação da cortadora a laser e gestão da produção; e Frederico Souza, da área de Móveis – operação da cortadora a laser e fabricação do gabarito em compensado. 

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A Rede IFB Ciência Solidária envolve ações voluntárias de servidores e estudantes do IFB para superarmos juntos esta fase de isolamento social de uma maneira menos árdua.

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