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Algumas Palavras sobre essa jornada chamada pandemia

Criado: Quarta, 01 de Julho de 2020, 13h29 | Publicado: Quarta, 01 de Julho de 2020, 13h29 | Última atualização em Quarta, 01 de Julho de 2020, 13h29 | Acessos: 994

 

Você já parou para pensar que neste ano fecharemos não só um ano, mas também uma década? Para muitos, este dado não passa de uma banal curiosidade. Todavia, frente às contingências da pandemia, é difícil encontrar alguém que negue o caráter atípico destes 366 dias. Daqui a algum tempo encontraremos relatos diversos sobre a percepção das pessoas sobre o tempo – ano mais curto da história ou o mais longo de todos os tempos? Encontraremos também diversos relatos sobre como foi difícil atravessar este momento e sair “do outro lado” psicologicamente bem. Seja para este período de confinamento, ou para quando tudo isso passar, refletir sobre as escolhas que fazemos e sobre os ciclos de hábitos que alimentamos é fundamental para nossa saúde e bem-estar.

Nesse sentido, e se há algo que para você não está bem, que tal começar enfrentando essa questão colocando em prática o que no fundo você já sabe?

Desejo que, mesmo com um início impulsivo, desastrado e pouco planejado, que você consiga sair desse ciclo de recaídas e que torne sustentáveis no tempo estas suas boas intenções. Sei que deve ser cansativo, frustrante, e até desesperador cair tantas e tantas vezes. E com isso sentir vergonha, raiva, medo, culpa e frustração.

Para alguns essa realidade é tão dura e complexa que chegam a sentir vergonha só de pensar numa nova meta ou objetivo. Tudo devido a um histórico de promessas não realizadas – começam verbalizando para si e para o mundo, depois contam só para si (pois, né, já não botam fé – crise de reputação), e ao fim, o abandono das próprias necessidades. Sobram com o medo a paralisia e outros tantos sentimentos pouco nobres. Começam a não acreditar na mudança, e as desculpas saltam para amenizar a dor do Ego na mesma velocidade em que a felicidade começa a se despedir, carregando consigo a autoestima e aquela boa sensação de integridade da alma. Nesse caso, só tenho uma coisa a dizer: você deu o seu melhor com as ferramentas que tinha naquele momento, e está tudo bem! Essa mochila pesada do passado é muito mais um constructo mental do que travas do real. Portanto, recomece; hoje, amanhã e depois. Esteja o máximo possível no aqui e agora e verá que o passado pode ser um ponto-referência, mas nunca um lugar de permanência, e que o olhar que antecipa o viver – futuro – em verdade ainda não existe, apenas alimenta sua ansiedade e rouba-lhe a presença. A verdade está no presente, presenteando-lhe.

— Tão fácil falar, né?

Sei que a tarefa não é fácil, mas você sabe onde o caminho do não fazer costuma levá-lo – "não adianta tomar os mesmos caminhos achando que chegará num lugar diferente". Resignar-se a esse ciclo de maltrato consigo é abdicar do que há de melhor e mais bonito. Pode parecer narcísico e egoísta, mas abandonar-se pode ser o pior dos abandonos.

Nesse contexto, passo aqui para lembrar você de três coisas:

1 – AUTOCUIDADO: que seja, inclusive, para cuidar de quem você ama. Como na metáfora da máscara de oxigênio do avião "em caso de acidente, coloque-a primeiro em você e depois nos outros", sob pena de dar ruim para os dois. A verdade é que o autoamor é condição imprescindível para o cuidado de qualquer outro ser: "cuidar do cuidador", lembra? Do contrário, efeitos colaterais indesejados surgirão mais cedo ou mais tarde.

2 – NÃO MEÇA SEU VALOR PELA RÉGUA DOS OUTROS: que tal olhar menos para os objetos externos e começar olhando para suas necessidades mais profundas? Aquelas que chegam a envergonhá-lo ou instilar culpa (péssimo sentimento, inclusive) só de pensar em reconhecê-las. Já pensou também em olhar com mais generosidade para suas qualidades e potencialidades? Talvez esteja sendo injusto e maximizando o que há de pior em si. Depender do olhar dos outros é uma armadilha sem saída, é um buraco sem fundo, acredite!

3 - VOCÊ MERECE SER FELIZ: nem tenho o que comentar, posto que é tão simples quanto isso. Você merece ser feliz tanto quanto outro qualquer ser!

Por fim, desejo que em sua jornada você tenha sandálias confortáveis, filtro solar, água, os melhores ventos e boa companhia. O caminho para a bela praia pode ser desafiante, mas valerá a pena!

 

 

Carlos Eduardo P. L. Ramos - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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