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Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica transformando vidas há 111 anos!

Criado: Quarta, 23 de Setembro de 2020, 14h10 | Publicado: Quarta, 23 de Setembro de 2020, 14h10 | Última atualização em Quarta, 23 de Setembro de 2020, 15h26 | Acessos: 1387

Esta quarta-feira, 23 de setembro, é dia de festa para os 38 institutos federais, dois centros federais de educação tecnológica, 22 escolas técnicas e o Colégio Pedro II espalhados pelo país. É a comemoração dos 111 anos de educação profissional no Brasil, que vem capacitando jovens e adultos para o mercado de trabalho nas regiões mais remotas do país, com educação pública, gratuita e de qualidade.

Tudo começou em 1909, com a criação das Escolas de Aprendizes Artífices pelo presidente Nilo Peçanha, que tinha como meta preparar os jovens para o setor industrial em desenvolvimento. Em 1937, as Escolas de Aprendizes Artífices foram transformadas em Liceus Industriais e, em 1942, surgem as Escolas Industriais e Técnicas. Já em 1949, essas escolas se tornaram autarquias com o nome de Escolas Técnicas Federais.

A partir de 1994, com a instituição do Sistema Nacional de Educação Tecnológica, surgiram os Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets).  O modelo que conhecemos hoje surgiu em 2008, com a criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia.

Conforme dados da Plataforma Nilo Peçanha (http://plataformanilopecanha.mec.gov.br/2020.html), a rede federal hoje possui mais de 650 unidades e oferta mais de 10 mil cursos, com mais de 1 milhão de estudantes matriculados. Para atender a toda essa demanda, são mais de 82 mil servidores nas funções de docência ou de técnico administrativo, além do serviço dos trabalhadores terceirizados.

A reitora do Instituto Federal de Brasília, Luciana Massukado, acredita que a rede federal de educação profissional, científica e tecnológica é um patrimônio da sociedade brasileira. “Temos um arranjo educacional inovador, original e único no mundo. Não há outra instituição de ensino que ofereça ao mesmo tempo diferentes níveis de cursos, que possibilite a verticalização e que atenda um público tão diverso. Além disso, a Rede Federal é indutora do desenvolvimento local, promotora da inclusão, desenvolvedora de inúmeros projetos e difusora do conhecimento científico e tecnológico. Como milhares de servidores, eu também tenho orgulho de fazer parte da Rede Federal, pois ela de fato tem transformado a vida de milhões de estudantes. Neste aniversário, desejo vida longa e próspera à Rede Federal”, relatou.

Anualmente, essas instituições formam centenas de pessoas aptas para o mercado de trabalho por meio do ensino em sala de aula e laboratórios, sempre aliado a projetos de extensão, pesquisa e inovação que incentivam os alunos a desenvolverem tecnologias e pesquisas aplicadas que geram resultados práticos para a sociedade. Não somente no Brasil, mas em todo o mundo, a rede federal é reconhecida pelo ensino de excelência, alunos com conhecimento prático de sua área de atuação e também por suas pesquisas alinhadas às demandas sociais. Prova disso são os acordos de cooperação com outros países, que permitem as vivências, intercâmbios e capacitações de estudantes e professores da rede.

Muitos alunos que ingressam nos institutos federais, Cefets e escolas técnicas têm suas vidas transformadas pela educação, realizam sonhos e descobrem-se na nova carreira que escolheram abraçar. É o caso de Marcele Gonzalez, egressa do curso de Design de Moda do Instituto Federal de Brasília (IFB). “Minha história com o IFB me emociona, pois graças a ele encontrei a minha sonhada profissão. Ingressei no instituto em 2014, após desistir de duas graduações em que não me encaixava, acreditando que nunca me realizaria profissionalmente. Me inscrevi para o curso de Técnico em Vestuário, depois cursei Design de Moda, pois venho de família de costureiras; então era um ofício que acompanhei e aprendi desde criança. Quando pisei nos laboratórios do campus, me senti em casa!” Atualmente, ela é instrutora de cursos de costura e modelista na rede privada, com apenas 25 anos de idade. “O IFB acreditou em mim quando eu já desacreditava. Foi um lugar em que aprendi muito, com excelentes professores e bons amigos que carrego em meu coração com carinho. Sou muito grata e honrada por ter estudado nessa instituição que me capacitou para levar meu conhecimento aos demais. O IFB me abriu portas que eu não teria em outro lugar!”. Assim como Marcele, vários outros alunos da rede têm histórias marcantes para contar, de mudança de vida, de novas rotas estabelecidas e de muita vontade de estudar e fazer a diferença na vida de outras pessoas.

A atuação da rede federal de educação profissional, científica e tecnológica ultrapassa os muros da escola. Em meio à pandemia da Covid-19, por exemplo, dezenas de institutos federais desenvolveram equipamentos de proteção individual para os profissionais da saúde, aplicativos que conectam centros de saúde a pessoas infectadas, álcool em gel para os hospitais, entre outros trabalhos de grande relevância neste momento de crise mundial.

Uma grande parte dos alunos da rede federal é premiada em eventos nacionais e internacionais, com trabalhos reconhecidos e desempenho comprovado por medalhas, certificados e troféus. Além disso, os campi têm notável importância para as regiões nas quais se encontram, especialmente em locais remotos ou de difícil acesso, seja por sediarem eventos gratuitos de grande porte abertos à comunidade ou por contribuírem para o desenvolvimento educacional dos moradores do entorno.

Outra característica da rede federal é o ensino verticalizado, no qual o aluno pode adentrar na instituição para cursar o ensino médio e seguir até o mestrado ou doutorado, o que incentiva a formação acadêmica completa do aluno. Além disso, os cursos são ofertados de acordo com os arranjos produtivos locais e demandas da região, o que aumenta o potencial de empregabilidade desses mesmos estudantes após concluírem os cursos.

 

*Com informações do Portal Conif

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