Professor do IFB trabalha em protótipo de ventilação para filtrar o coronavírus do ar
O Instituto Federal de Brasília (IFB), em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), está desenvolvendo um protótipo de aparato de ventilação de baixo custo para filtrar moléculas do novo vírus que estejam presentes no ar. O equipamento já passou por testes biológicos, que comprovaram sua capacidade de descontaminação do ar. Um dos representantes do projeto, o professor Yuri Cesar Toledo, docente do IFB/Campus Estrutural, explica como a máquina funciona: “O equipamento filtra o ar utilizando basicamente a aceleração, projeção centrífuga e sedimentação, tratando 40 litros de ar por minuto, com um protótipo de pequeno porte. Estamos fazendo um modelo mais robusto para o dia a dia, com proteção para questões de ruído, limpeza, movimentação e tempo de operação”.
Segundo o professor Yuri Toledo, o uso do equipamento irá favorecer a eliminação do agente infeccioso logo no início da cadeia de contaminação. “A ideia é que esse contaminante seja eliminado antes de tocar nas máscaras, nas roupas, nos cabelos, nas superfícies e em outros meios que possam servir de abrigo para o novo coronavírus”, detalha. Dessa forma, ele acredita que o projeto trará contribuições para a população em geral, sobretudo para os profissionais que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS), sujeitos diariamente aos riscos de contrair a covid-19. “O benefício é para a sociedade como um todo, pois [essa filtragem] nos permitirá maior liberdade para circular por corredores, elevadores, recepções, salas de triagem clínica, atendimento ao público, centros de alimentação, centros comerciais e outros”, destaca o professor Yuri.
O projeto tem relevância nos níveis mais elevados dos processos de gestão de riscos, tanto para as normas trabalhistas nacionais (NR01,NR07, NR09 e outras) quanto para as internacionais (ISSO 45001). A temática de contaminação pelo ar foi revolucionária com a precursora da enfermagem moderna, Florence Nightingale, que, em 1859, já apontava que os cuidados com a origem e qualidade do ar para os pacientes, em um contexto geral, eram a primeira e mais importante regra da enfermagem, ainda destacando que isso servia para todos no ambiente”, acrescenta o professor Yuri Toledo.
O professor espera que o aparato também possa ser utilizado em outros espaços de grande circulação de pessoas. “Com esse equipamento de baixo custo financeiro, fácil execução, rápida produção, alta eficácia e alta eficiência, esperamos que o projeto atinja rapidamente os diversos postos de atendimento do SUS, comércio e áreas comuns”, projeta. O processo está sendo conduzido por duas coordenações: uma liderada pelo professor Yuri Toledo (IFB), na área de engenharia, e outra pela professora Izabel Rodrigues (UnB), na área da biomedicina. A gestão da iniciativa utiliza metodologia próxima à do Scrum – abordagem adotada para o desenvolvimento e planejamento ágil de projetos complexos –, com ciclos de trabalho com duração mensal. Além da Izabel e do Yuri, participam da equipe responsável pelo projeto o professor Daniel Oliveira Freire, da Faculdade LS, a professora Daniela Castilho Orsi, da UnB, a doutoranda Gabriela Meira de Moura Rodrigues, da UnB, os discentes do IFB Paulo Caleb Fernandes da Silva, Lívia Siqueira Balbino, Nicole Rodrigues Ramalho, Eduardo Nogueira dos Santos e Thalyta Nayara da Silva Farias.
A equipe ainda necessita de incentivo para o andamento do projeto. Para realizar doação de recursos financeiros, materiais de consumo, equipamentos ou propor parcerias, é só entrar em contato com o professor Yuri pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
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