Com eles, o medo da Matemática e da Física vão ficar pra trás
Não medir esforços para transmitir o conhecimento.
Gabriel Carvalho do Vale, de 25 anos, desde pequeno sempre teve mais afinidade com as matérias de exatas e, ao terminar o ensino médio, buscou a formação na área de Engenharia Civil. Mas como a parte numérica é o seu forte, passou a atuar como monitor nas matérias de cálculos, contribuindo assim com a Matemática. Nesse caminho sentiu a vontade mais forte de transmitir esses conhecimentos como professor e, dessa forma, chegou ao curso de licenciatura em Matemática no Instituto Federal de Brasília (IFB), no Campus Estrutural.
Concluiu o curso de Engenharia em uma outra faculdade – mas encara a profissão de professor sua grande paixão. Hoje cursa o 7º semestre em Matemática no IFB. Já atuou na rede pública em uma escola no Núcleo Bandeirante e agora trabalha no colégio IESB na Ceilândia, parceiro do IFB na inserção de estudantes de Matemática na área de ensino. Como professor, percebendo a diferença das dificuldades de aprendizagem entre seus alunos que estudam tanto nas escolas públicas quanto nas privadas, busca apoio nas matérias de base.
Para quem quer investir na carreira de professor de Matemática, ele acredita que o mercado sempre estará aberto para um bom professor, e especializar-se faz parte de uma formação contínua na área. Principalmente aqui em Brasília, a média salarial dos professores é uma das melhores do Brasil. Nesse convênio com o IESB, estão mais dois estudantes de Matemática do IFB.
Ser professora é...
Ser capaz de ajudar o próximo.
Sarah Gabrielle Alves Santos, 20 anos, também se dedica para ser professora de Matemática no IFB – Campus Estrutural. Conta com satisfação que há muitas colegas, mulheres, na área.
“Atualmente faço estágio supervisionado como monitora para alunos no Proeja e no Ensino Médio. Tenho como preferência trabalhar com estudantes na faixa etária do ensino fundamental e com alunos que possuam o TDAH.”
Ao seu ver, a maior dificuldade na missão de ser professora é a de lidar com as diferenças de aprendizagem de cada pessoa. Ela faz planos de continuar na área e de especializar-se na área de atendimento a necessidades especiais.
Oferecer condições de o aluno ter a experiência de aprendizagem dele, não a minha.
Edson Alves, de 25 anos, é estudante do 7º semestre do curso de licenciatura em Física do Instituto Federal de Brasília (IFB), Campus Taguatinga. Chegou na física de forma não intencional – era vestibulando do curso de Medicina. Com dificuldades financeiras em se manter apenas estudando, começou a trabalhar. Não querendo se desviar das rotinas de estudar as matérias do vestibular, começou a dar aulas de reforço.
Nesse processo descobriu o enorme prazer que tem em ensinar, e sua maior demanda sempre foi para reforço nas aulas de exatas. Todas as atividades que realiza hoje na escola onde trabalha como professor, e de carteira assinada, lhe deram uma boa perspectiva da profissão e do mercado.
No IFB se encantou com o ensino público de qualidade, em especial na formação voltada para a licenciatura. Considera a capacitação do Instituto fenomenal e, apesar de julgar a experiência positiva, tanto no trabalho quanto na formação, admite que a rotina de professor é de muita dedicação.
“O curso de Licenciatura em Física não é um monstro como muitos pensam, mas demanda uma rotina de estudos constante e extensa e, conciliar com o trabalho, é um desafio.”
Edson afirma que tem grande interesse pela área de pesquisa e que, no IFB, há incentivo – após formado, imagina-se atuando como professor-pesquisador.
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