Professora do IFB participa de pesquisa sobre o ensino remoto de música em tempos de pandemia
Os professores têm passado por uma fase de transição durante a suspensão das aulas presenciais em razão da pandemia. Não seria diferente para o ensino de Música, que tem exigido dos professores explicações em instrumentos musicais ou na voz cantada em situações remotas. Pensando nisso, um professores do Instituto Federal de Brasília e da Universidade de Brasília (UnB) apresentaram, durante a Semana de Produção Científica do IFB, pesquisa sobre o ensino na área de Música em tempos de pandemia. A proposta buscou identificar pesquisas que tratassem do ensino remoto emergencial de música em busca de soluções eficientes para essa modalidade no atual momento.
A pesquisa
Para isso foi realizada pesquisa bibliográfica no Portal da Capes considerando as seguintes palavras-chaves: "music education", Covid-19, "on-line learning" e "emergency remote teaching".
"Foram encontrados cinco artigos que tratam do ensino emergencial de música, e o foco dos autores recai na adaptação do ensino e aprendizagem, a avaliação e o que se deseja alcançar com o ensino musical remoto. Em menor escala, as pesquisas trazem a preocupação do acesso às tecnologias necessárias para realização das aulas, a classe social, a participação e a assiduidade dos estudantes", explica a professora Juliana Faria, do Instituto Federal de Brasília.
No levantamento, para alguns autores, a tecnologia é um fator crucial para o ensino de música de forma remota e impacta diretamente no aprendizado. Nesse sentido, alunos que já têm um amplo acesso às tecnologias requerem de seus professores a exploração delas, como: aplicativos de chamadas de vídeo, de criação e edição de vídeos e de áudios e de instrumentos virtuais ou on-line.
Porém, os professores devem se atentar para os alunos de classes mais baixas e com recursos tecnológicos reduzidos.
"Nesse caso, as pesquisas apontam o uso de aplicativos de mensagens, que são de mais fácil acesso, que podem ser empregados para a gravação e montagem de áudios e vídeos mais curtos de modo a compartilhá-los com outros colegas ou professores", conta a professora.
Na pesquisa, há o levantamento de recursos que atendem ao ensino de composição e arranjo e de instrumentos musicais. No primeiro caso, tem-se o BandLab, um aplicativo gratuito que disponibiliza diversos instrumentos virtuais e permite a gravação e edição de faixas musicais pelo usuário. No segundo, há indícios de melhoria nos atendimentos on-line em razão de a acessibilidade aos recursos de gravação permitirem ao estudante gravar sua performance e autoavaliar-se.
Conclusão
Com o estudo, foi possível perceber que o ensino apresentado nos modelos exemplificados da área de Música requer qualidade de Internet de ambos – emissor e receptor – mesmo considerando "delay" . Como conclusão, afirma-se que soluções simples e de baixo custo podem otimizar o ensino remoto de Música, uma vez que atendem requisitos básicos de qualidade de áudio. No entanto, enquanto durar a pandemia, situações de atendimento on-line continuam sem solução requerendo do professor de música capacitação para gravação e edição de áudios e vídeo
Fonte: Pesquisa "Ensino remoto emergencial de música: soluções em tempos de pandemia", professores Juliana Rocha de Faria Silva (IFB), Flávia Motoyama Narita (UnB) e o estudante Leonardo Marques da Silva (IFB).
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