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Junho Vermelho: conheça a campanha de mobilização para doação de sangue

Criado: Segunda, 14 de Junho de 2021, 14h06 | Publicado: Segunda, 14 de Junho de 2021, 14h06 | Última atualização em Segunda, 14 de Junho de 2021, 14h07 | Acessos: 9207

 

As férias escolares de meio do ano, o aumento de doenças respiratórias com a chegada do frio e a seca, além da pandemia da Covid-19, fazem com que as pessoas fiquem mais em casa e deixem de fazer um gesto que pode salvar muitos: a doação de sangue. Por isso, no mês de junho, comemora-se o Junho Vermelho, uma campanha criada pelo Ministério da Saúde em 2015 para incentivar o espírito solidário nas pessoas, mostrando que doar sangue é um ato de amor. 

Além da campanha, nesta segunda-feira, 14 de junho, é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue. Para celebrar a data, o Hemocentro de Brasília sensibiliza as pessoas por meio das redes sociais. Os perfis oficiais do Governo do Distrito Federal estão com uma série de postagens "Você é o tipo que está faltando". 

 

A chefe da Seção do Ciclo do Doador da Fundação Hemocentro de Brasília (FHB), Anne Ferreira, destaca essas ações de mobilização e também o trabalho de outras organizações para promover a doação voluntária, por meio de grupos de doadores, como essenciais para manter o movimento e reforçar a necessidade do sangue em períodos mais difíceis, como o mês de junho.

“Durante o Junho Vermelho, reforçamos a importância de doar sangue. Tirar esse tempo para salvar vidas é fundamental e, nos tempos atuais, é um ato mais que necessário. Não existe recompensa maior do que saber que, com um gesto simples de solidariedade como uma doação de sangue, é possível salvar até quatro vidas”, ressalta. 

 

Anne Ferreira também explica que o sangue é fundamental para várias questões de saúde, como pessoas que passam por grandes cirurgias, transplantes, pessoas em tratamento contra o câncer e pacientes que estão tratando complicações da Covid-19. 

 

“Apesar dos avanços da medicina e das tecnologias, não existe medicamento que substitua as células do sangue. É por isso que esse gesto solidário é essencial”, pontua.

 

Queda na média de doadores

 

Segundo Anne, a pandemia impactou de forma negativa o movimento de doadores. Com o isolamento social, as pessoas passaram a ficar ainda mais em casa. Nos cinco primeiros meses de 2021, de acordo com levantamento do Hemocentro, o fluxo de voluntários foi menor que nos últimos dois anos.

 

A média entre janeiro e maio de 2021 foi de 142 doações por dia. No mesmo período de 2020, a média era de 154 doações, enquanto nos cinco primeiros meses de 2019 o número foi de 168 doações diárias.

 

Medidas restritivas na pandemia

 

Para se adaptarem às restrições e evitar aglomerações, desde o início da pandemia, o atendimento agendado se tornou obrigatório, a fim de controlar a quantidade de pessoas nas salas de espera do Hemocentro. As cadeiras desses espaços também foram sinalizadas para aumentar o distanciamento entre as pessoas. Antes da pandemia, a desinfecção das áreas comuns já era rotina na FHB, principalmente na sala de coleta. Agora, a frequência de limpeza foi ampliada.

 

Doação como forma de agradecimento

Você doa sangue porque um dia já precisou e quer retribuir? O programador visual do Instituto Federal de Brasília (IFB) Italo Rios, 39 anos, sim. Italo doa sangue desde 2015, sempre no dia do aniversário, como um ritual pessoal. “Quando criança, eu precisei receber sangue de algum doador, ainda recém-nascido. Por ser prematuro, a transfusão foi feita como se fosse uma cirurgia, e desde sempre ficava intrigado com a cicatriz”, relata. “É uma espécie de agradecimento.”

 

O interesse em se tornar doador foi despertado ainda na adolescência, mas ele conta que sempre foi muito magro. “Com o tempo, os quilinhos que faltavam vieram e, em março de 2015, pude enfim fazer minha primeira doação”, celebra.

Este ano, o programador visual ainda não agendou a doação para preservar a saúde da família durante a pandemia. Porém, ele segue na intenção de retomar o ritual de doações o mais breve possível. Além disso, Italo espera que sua história possa incentivar outras pessoas a também serem doadoras.

 “Muita gente diz ter medo das agulhas ou que se sente mal ao ter contato com sangue. Nada mais encorajador do que ter em mente que um gesto assim, tão simples para quem doa, pode de fato salvar vidas, não é mesmo?”, reflete.

 

Falta de empatia com doadores LGBTQIA+

Tau Boiba, 32 anos, é estudante do primeiro semestre do Curso Técnico em Eventos no Campus Brasília e sempre teve o desejo de doar e contribuir com o próximo. Porém, o fato de ser uma pessoa trans não binária impediu esse sonho.

 

“Sempre foi um desejo muito grande da minha parte, mas eu tive três tentativas e uma delas eu omiti o fato que era uma pessoa, na época, homossexual. Eu ainda não tinha me entendido como uma pessoa trans e, mesmo assim, por coisas que são traços de personalidade que não podemos esconder, a pessoa deduziu que eu era LGBTQIA+ e me impediu”, relata. 

 

Em 2020, o Supremo Tribunal Federal considerou como inconstitucionais as normas do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que excluiam do rol de habilitados para doação de sangue “homens que tiveram relações sexuais com outros homens e/ou as parceiras sexuais destes nos 12 meses antecedentes". Após a decisão, os hemocentros passaram a aceitar doação de sangue de homens LGBTQIA+. 

 

Mesmo com as mudanças, Tau conta que amigos próximos continuam sem doar sangue e que, na prática, a tentativa de inclusão não teve tanto impacto. 

 

“Eu sinto falta de uma empatia nas falas, de acordo com os atendimentos que eu tive, me falta acolhimento e isso é algo que distancia as pessoas”, confessa. “Não doar sangue não pode estar atrelado com a orientação sexual das pessoas.”

 

Como doar no Hemocentro de Brasília

O atendimento para doação de sangue e cadastro como doador de medula óssea deve ser agendado por meio do site agenda.df.gov.br ou pelo telefone 160, opção 2. O Hemocentro de Brasília funciona de segunda a sábado, das 7h15 às 18h. Pessoas com sintomas como febre, tosse, irritação ou dor de garganta não devem comparecer. 

 

Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente, a recomendação é consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue. Para conferir as orientações completas, acesse o site: www.hemocentro.df.gov.br

 

Endereço:  SMHN, conjunto A, Bloco 3, Asa Norte, Brasília - DF

 

Outros locais:

Hemoclínica

SHLS, 716 - Bloco C, Entrada B, Setor Hospitalar Sul,  Brasília - DF

Agendamento: https://www.hemoclinicadf.com.br/#agendamento

Atendimento: segunda a sábado - 7h às 12h

 

Hemocentro São Lucas

SHIS QI 15, Bloco O, Torre I, Térreo, Sala T 08 A, Lago Sul,  Brasília - DF

Atendimento: segunda a quinta-feira, 8h às 17h | sexta-feira, 8h às 16h

Agendamento: (61) 3248-7272

 

Lembre-se: doar sangue é um pouco de nós que faz bem a muitos! Quando for doar, compartilhe sua boa ação no Instagram, marque o Instituto Federal de Brasília @IFBrasilia e use a hashtag #SouIFB!

 

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