NAPNE promove ações de inclusão de pessoas com necessidades especiais
No Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 24,5 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência. Apesar do número alto, ainda são pequenas as ações concretas que visam melhorar a vida dessa classe, que representa aproximadamente 32,9% da população sem instrução ou com menos de três anos de estudo. Essa falta de formação torna o problema ainda mais grave, influenciando, diretamente, o baixo número de portadores de necessidades especiais inseridos no mercado de trabalho.
Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que a taxa de desemprego é, em média, duas a três vezes mais alta do que entre pessoas sem deficiência. A Lei 8.213/91, conhecida como Lei de Cotas, estabelece um percentual de pessoas desse segmento a ser contratado pelas empresas, mas a falta de mão de obra qualificada justifica o seu descumprimento. Organizações como o Instituto Federal de Brasília (IFB) realizam projetos e trabalham com essas pessoas, para facilitar a sua entrada no mercado de trabalho.
Cursos técnicos, profissionalizantes ou de licenciatura, são oferecidos gratuitamente para a comunidade. Pela primeira vez, o IFB vai destinar 5% das vagas para o público com necessidades específicas. Para dar o devido suporte a esse segmento, que não é mais novidade dentro do Instituto, foi criado o Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (Napne).
"Nosso objetivo é nos articular, junto a todos os envolvidos no processo educacional, buscando orientar, quanto aos recursos necessários, para que aquele aluno tenha sucesso. Mesmo que o Napne não tenha, no primeiro momento, conhecimento das especificidades de cada necessidade, cabe a ele buscar esse apoio em outros setores do IFB e em outras instituições que já têm experiência", destaca a coordenadora de educação inclusiva, Girlane Maria Ferreira Florindo. Além disso, Girlane explica que os Napne devem fomentar projetos de inclusão e acessibilidade no âmbito do seu Campus.
No dia 7 de novembro, o Campus Planaltina do IFB entregou a um aluno com deficiência física um quadriciclo, para facilitar o deslocamento no local. Para o próximo ano, o Instituto prevê contratar intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais), adquirir softwares para deficientes visuais e uma impressora braille (recursos do Programa Incluir). “Estamos confiantes de que muitos alunos com deficiência preencherão nossas vagas”, ressalta a coordenadora.
IFB promove encontro regional para discutir políticas de educação inclusiva
Nos dias 17 e 18 de novembro, o IFB promoveu, na cidade de Goiânia (GO), o Encontro dos Núcleos de Apoio às Pessoas com Necessidades Específicas da Região Centro-Oeste. Em parceria com dois Institutos Federais, de Goiás (IFG) e Goiano (IF Goiano), o encontro teve como objetivo consolidar propostas, que foram apresentadas, posteriormente, no Encontro Nacional, ocorrido nos dias 22 a 24 de novembro, em Brasília, visando à promoção de uma educação especial com foco na educação inclusiva para todo o país.
Um dos pontos mais discutidos no dia foi a apresentação do Banco de Recursos Humanos (BRH) Acessível. O Banco foi criado para facilitar o contato entre profissionais com necessidades específicas e as empresas contratantes. O BRH Acessível é uma ferramenta (software) que deve ser utilizada para encaminhamento profissional de pessoas com deficiência. Por meio dele, é possível selecionar empresas cadastradas no sistema e visualizar se existem vagas de trabalho para o perfil requerido.
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