Cerrado: Projeto mapeia sementes da região
O projeto de Sementes do Cerrado já acontece no IFB Campus Planaltina desde 2019 e, ainda neste mês, será revitalizado um mural expositor com grande diversidade de sementes do Cerrado pelos professores Elisa Bruziguessi e Igor Oliveira. O projeto envolve a divulgação e valorização das sementes de árvores e arbustos do Cerrado e faz a promoção aos alunos e agricultores desse ecossistema.
"São ricos os momentos de troca de sementes junto com estudantes e agricultores antes dos plantios de restauração do Cerrado e de formação de sistemas agroflorestais que incluem a biodiversidade do Cerrado", conta a professora que organiza essas trocas.
Foi desenvolvido um corredor agroflorestal onde já foram plantadas mais de 70 espécies de árvores e arbustos, dentre elas a maioria nativa do Cerrado. A ideia é realizar mutirões para o plantio e manejo desse corredor agroflorestal para que seja possível fazer uma conexão na paisagem ligando os sistemas produtivos e as áreas remanescentes ainda conservadas.
O trabalho foi apresentado no VIII Congresso Latino-Americano de Agroecologia em 2020, e alguns resultados científicos foram mencionados.
- Uma grande densidade e diversidade de plântulas se estabeleceram; há muitas possibilidades de manejo (podas, desbastes) para delinear o futuro desse corredor com inspiração nos princípios da abundância, diversidade, estratificação e sucessão natural.
- Esse corredor agroflorestal biodiverso com espécies nativas do Cerrado constitui-se uma rica área experimental e didática que nasceu da prática integrada do ensino, pesquisa e extensão.
- A intenção do trabalho é aperfeiçoar e divulgar a semeadura direta como forma eficiente de plantio e mostrar aos agricultores possibilidades de conciliar produção e conservação.
Atualmente, o estudante do IFB do Curso de Tecnologia em Agroecologia Jerônimo Kindler é bolsista de PIBIC com projetos de pesquisa nessa área, trabalha no acompanhamento e manuseio do corredor agroflorestal com espécies do Cerrado, que já completou dois anos, e conta com o consórcio de espécies agrícolas como as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs). O espaço tornou-se referência para novas pesquisas. No projeto ainda participam os professores Paulo Cabral e a professora Paula Petracco.
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