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IFB ajudará o GDF no combate à invisibilidade social

Criado: Quarta, 08 de Fevereiro de 2012, 12h50 | Publicado: Quarta, 08 de Fevereiro de 2012, 12h50 | Última atualização em Quinta, 05 de Dezembro de 2013, 10h22 | Acessos: 2297

 

No Distrito Federal existem pelo menos 12 mil pessoas que encontram sérias dificuldades para estudar em uma escola regular, por serem Ciganos ou Indígenas. O levantamento é da Secretaria Representantes da Secretaria Especial de Políticas de Igualdade Racial reúnem-se com servidores do IFB para discutir ações na área.Especial de Políticas de Igualdade Racial (SEPIR-DF), dirigida pela advogada Josefina Serra dos Santos, que esteve ontem em reunião com a pró-reitora de extensão (PREX), Salete Moreira, analisando como o Instituto Federal de Brasília (IFB) pode colaborar com o Governo do Distrito Federal na assistência escolar e na formação profissional desses grupos étnicos.

 

A SEPIR-DF quer a cooperação do IFB, para que as duas instituições elaborem políticas afirmativas que também atendam aos Negros, e que estejam em todos os campi do Distrito Federal, conforme explicou o presidente do Conselho de Defesa dos Direitos dos Negros do DF, Evair dos Santos, presente na reunião, juntamente com outro representante do conselho, o cartunista Maurício Pestana. O encontro contou, ainda, com a coordenadora de políticas de inclusão da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológico, Nazaré Oliveira, da servidora da PREX Virley Santos e de representantes dos Campi Taguatinga Centro, Melina Ribeiro; Brasília, Joana D'Arc Lima; Samambaia, Roner Borges Silva; Gama, Gabriel Oliveira, e Riacho Fundo, Camila Guimarães.

 

“A implementação da Lei 10.639/2003, que trata do ensino de História da África e da Cultura Afrobrasileira, estabeleceu um desafio para as escolas”, explica Evair dos Santos, que também é professor da disciplina Pensamento Negro Contemporâneo em cursos de graduação, extensão e licenciatura, na Universidade de Brasília (UnB). “Esse nosso contato com o IFB busca estabelecer um calendário institucional que consiga incorporar a questão étnica e racial de forma ampla”.

 

Para ele, existe uma distorção na interpretação da lei, “com o reforço exagerado da questão cultural, em detrimento de outras áreas que também são relevantes para a afirmação da identidade social. No campo das Ciências Exatas, precisamos mostrar que o negro é bom em Física, Engenharia, Matemática, etc.”, acrescenta. Outro debate relevante para o Conselho do Negro do DF é a situação do negro no mundo do trabalho, “em que ele sofre restrições e ainda acredita que este mundo está aberto para todos, e que só depende da capacidade profissional para a pessoa se colocar, o que é uma mentira”, critica.

 

Invisível

 

Para a professora Josefina Santos, o IFB “é uma instituição maravilhosa, a exemplo dos demais institutos federais, que são referência para o País. Queremos realizar este trabalho de resgate dos invisíveis, pois se os negros já sofrem de invisibilidade social, imagine então a situação dos ciganos e dos indígenas. Temos cerca de sete mil ciganos e cinco mil indígenas no DF que precisam estudar e ter acesso às políticas públicas. Contamos com o IFB para nos auxiliar nisso”, observa.

 

Para a secretária do GDF, a articulação entre as duas instituições será de muito trabalho, mas acredita que todas as dificuldades serão vencidas, pois “se fosse fácil vencer esses desafios da desigualdade racial e social e do acesso ao ensino público de qualidade, não seria necessária a existência dos Institutos Federais e da Sepir. Queremos essa parceira para oferecer oportunidades a pessoas que não estão incluídas, nem têm facilidade de acesso”. A pró-reitora de Extensão, Salete Moreira, acredita que a parceria permitirá ao IFB implementar a Lei 10.639/2003 com mais dinamismo e facilidade, após a discussão do tema em todos os campi. “A parceria e a presença de pessoas da sociedade civil organizada em nossas atividades significam a ampliação da comunidade em nossa Rede”, observa.

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