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Dia Mundial da Água: o Cerrado é o berço das águas brasileiras

Criado: Terça, 22 de Março de 2022, 06h38 | Publicado: Terça, 22 de Março de 2022, 06h38 | Última atualização em Terça, 22 de Março de 2022, 07h08 | Acessos: 1493

Água, a essência da vida. O 22 de março, Dia Mundial da Água, é mais que uma data. Relembra para todos que esse recurso não é eterno e é essencial para a existência da fauna, flora e da vida humana. 

Quem acha que Brasília possui apenas terras e galhos secos está muito enganado. O Distrito Federal é um berço de águas naturais, que são de extrema importância não apenas para o Brasil mas também para toda a América do Sul. 

O bioma Cerrado, onde o Distrito Federal está localizado, é imenso em biodiversidade. A vegetação da região tem características marcantes, como as árvores de tronco grosso e tortuoso. Essa característica típica do Cerrado acontece graças às duas estações definidas na região: a da seca e a chuvosa.  

 

Esse bioma abriga várias nascentes de importantes rios brasileiros que abastecem grandes bacias hidrográficas, atravessando várias cidades e Estados até atingir o Oceano Atlântico. Essas nascentes do Cerrado auxiliam no abastecimento de seis das oito principais bacias hidrográficas brasileiras, a bacia Amazônica, do Tocantins, Atlântico Norte, Nordeste e São Francisco. 


Berço das Águas do Brasil

Apesar da baixa disponibilidade de água na superfície, o Cerrado ainda é importante para a produção de recursos hídricos. De acordo com os pesquisadores Lima e Silva (2005), pelo fato de a região do Cerrado estar localizada em áreas de planalto, o ambiente possui diversas nascentes de rios e importantes áreas de recarga hídrica, que contribuem para grande parte das bacias hidrográficas brasileiras. 

Um exemplo importante é a Estação Ecológica das Águas Emendadas, localizada no extremo nordeste do Distrito Federal, na região administrativa de Planaltina. O parque ecológico possui esse nome por se tratar de um fenômeno hidrográfico de dispersão de águas, fluindo a partir de um mesmo ponto para lados opostos da América do Sul. 

As águas que saem da região de Planaltina auxiliam a formar tanto a Bacia do Tocantins-Araguaia quanto a Bacia Platina, que nasce no Brasil e banha o Paraguai, Uruguai e a Argentina. Das 300 cabeceiras de córregos e rios cadastrados pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram), apenas 162 são monitoradas. Dessas, só 47 estão intactas e 51 sofrem graves ameaças ambientais, como desmatamento, lixo e esgoto.

Nascentes no IFB Campus Planaltina

O Rio São Bartolomeu corta o Distrito Federal e foi formado a partir da confluência dos Rios Pipiripau e Mestre D'Armas, ambos tributários de águas da Estação Ecológica de Águas Emendadas. 

No território do IFB Campus Planaltina, existem nascentes das microbacias hidrográficas dos córregos do Arrozal e Corguinho (foto). Ambas microbacias fazem parte da maior bacia hidrográfica do Distrito Federal, a do Rio São Bartolomeu, que atravessa as regiões administrativas de Planaltina, Sobradinho, Paranoá e São Sebastião.

Além da microbacia do Córrego Corguinho, também está presente em três represas: a Larguinho (conhecida como “grande”), a Pasto da Várzea (conhecida como “pequena”) e a Represinha do Buriti. Através delas é possível o fornecimento de água em sistemas de irrigação de lavouras do campus. A alimentação é feita por meio de antigos canais que cortam as Unidades de Ensino e Produção do IFB, sendo que a maioria deles foi canalizada recentemente. 

A água retirada dos cursos superficiais, como represas e rios, ou a água subterrânea captada em poços proporcionam condições para o funcionamento do IFB Campus Planaltina e também para a sobrevivência de diversas famílias de agricultores que moram nas áreas circunvizinhas ao IFB e ao Parque Colégio Agrícola de Brasília. 

Entre as técnicas com maior potencial estão as Agroflorestas, que consorciam a produção agropecuária com o cultivo de árvores, garantindo assim um menor impacto ambiental sobre os corpos hídricos. Também é realizada a produção de mudas nativas e plantios de restauração de áreas degradadas nas margens dos córregos dentro do IFB Campus Planaltina e em propriedades rurais da região, inclusive com a ajuda de ciclistas que frequentam o espaço do campus para a prática do mountain bike, e que são grandes parceiros nesse processo, entre eles a Associação SportTriBsb, da região.

O campus trabalha diariamente para a divulgação e o reconhecimento dos diversos serviços ecossistêmicos e possibilidades de uso do Parque Colégio Agrícola de Brasília e seu entorno de forma compatível com sua conservação e bom manejo, como, por exemplo, as ações de pesquisa, ensino e extensão para divulgar as técnicas de produção agroecológica que possibilitem ao mesmo tempo a produção de alimentos e a conservação das nascentes e dos córregos. 

Confira mais informações no livro “Parque Colégio Agrícola de Brasília”, publicado pela Editora do IFB: http://revistaeixo.ifb.edu.br/index.php/editoraifb/issue/view/141.

 

 

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