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IFB reforça sua missão no Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21/9)

Criado: Quarta, 21 de Setembro de 2022, 08h00 | Publicado: Quarta, 21 de Setembro de 2022, 08h00 | Última atualização em Quarta, 21 de Setembro de 2022, 11h47 | Acessos: 430

Tiago do Espírito Santo é estudante do 1º ano do curso de Controle Ambiental Subsequente no Instituto Federal de Brasília — Campus Samambaia. Com  muita dedicação e apoio do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas /Napne, ele tem demonstrado expressiva evolução no rendimento escolar, superando as dificuldades decorrentes de uma lesão cerebral e de limitações físicas. Na ocasião, que representa o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21/09), ele concedeu uma entrevista e falou um pouco sobre seus planos pessoais e profissionais.

  • Como você conheceu o IFB Campus Samambaia?  

Sempre sonhei em fazer um curso profissionalizante para me realizar como pessoa e logo ser inserido no mercado de trabalho. Ainda tenho a intenção de fazer o curso de Direito, mas neste momento resolvi priorizar o curso técnico, tanto para preencher o meu tempo quanto para retomar os estudos aos poucos. Minha avó mora próximo ao IFB e, quando terminei o ensino médio, decidi conhecer o Instituto. Em uma visita ao campus, decidi fazer o curso de Controle Ambiental. 

  • Como é fazer o curso de Controle Ambiental? 

Tenho gostado muito do curso e me realizo com a minha escolha. Estou muito feliz com as disciplinas cursadas, porque vejo no curso não só a questão de cuidados com o meio ambiente, mas também tenho aprendido a lidar cada vez mais com as minhas expectativas.  Os professores apoiam o meu aprendizado e também tenho acesso ao uso de tecnologia no campus, além das experiências em seminários e palestras que complementam a minha formação.  Agradeço diariamente por estar estudando no campus e a toda equipe do IFB.

  • Como você se vê daqui a alguns anos como profissional?

Me vejo capacitado para trabalhar em melhorias para a sociedade e na preservação do Meio Ambiente. Quero me aprofundar cada vez mais nos estudos e me qualificar sempre, ter uma família, uma boa remuneração e estar profissionalmente realizado. Ainda pretendo me especializar na área de Direito Ambiental para proteger e cuidar dos animais, porque também acho uma área muito interessante.

 

Com a palavra, o Napne/IFB Campus Samambaia

Sônia Veras, pedagoga e coordenadora do Núcleo de Atendimento a Pessoas com Necessidades Específicas no IFB Campus Samambaia, traz seu relato sobre os bons resultados com os estudantes e a metodologia aplicada.

  • Vocês no IFB Campus Samambaia seguem algum protocolo para atendimento aos estudantes que possuem deficiência física? 

Sim, o laudo entregue ao Registro Acadêmico é enviado ao Napne para conhecimento e entrevista de acolhimento.  

  • Há algumas regras ou instruções básicas para conseguir ter esses bons resultados no ensino? 

No momento, não contamos com especialistas no Napne, apenas monitores. No entanto, tenho tentado me fazer presente oferecendo a cada um o estímulo à formação, apoio no caso de deficiências sensoriais por meio do uso de computadores com tecnologias assistivas instaladas na sala do Napne (softwares para facilitar audição por meio de transcrição em Libras e facilitar a visão por meio de recursos de ampliação de tela e textos). Além disso, cinco alunos estão apoiados por monitoras selecionadas.

  • Você acha que ainda temos muitos desafios pela frente?

Sim, necessitamos de profissionais, como psicopedagogos, ledores, professores com formação em Educação Especial e intérpretes. Já fizemos a solicitação para a Pró-Reitoria de Extensão. Temos um grupo com sete membros do Napne: 4 professores e 3 técnicos que fornecem algum apoio aos alunos com deficiência, seja na área tecnológica, pedagógica ou comunicacional. Eles são voluntários e atuam por duas horas semanais. Esses foram agrupados pelo whatsapp e, semanalmente, encaminho links de eventos e cursos gratuitos para formação continuada.

Temos uma longa caminhada ainda. O Napne também não conta com Sala de Recursos para atendimento no contraturno. Temos apenas uma sala que fica no prédio da Administração, com recursos pedagógicos inclusivos, telefone, mesa para reunião e exercitação, quadro branco, bancadas com dois computadores para uso dos alunos, livros de estudo sobre inclusão, uma cadeira de rodas, uma cadeira para gestantes ou pessoas com obesidade, alguns jogos que trouxe de casa, folhas para exercitação, mesa adaptada para atividades escritas, lupas, globo tátil, máquina para Braille etc. Mas sou positiva e espero por dias mais prósperos. Inclusão é caminho sem volta.

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