Nota Oficial – 02/12/22: Novo corte orçamentário no IFB precisa ser revertido imediatamente
É com estarrecimento e incredulidade que o Instituto Federal de Brasília (IFB) recebe, mais uma vez, a notícia do bloqueio do orçamento da instituição por parte do governo federal. Em menos de 12 horas o governo realizou o desbloqueio do limite de empenho, depois foi zerado o caixa dos institutos e em seguida bloquearam o orçamento.
Com esse bloqueio, o IFB não tem dinheiro para pagar nenhuma conta que já tinha sido empenhada, de forma previamente planejada. Ou seja, com o corte, o IFB não tem dinheiro para pagar as contas de água, luz, internet, dos serviços terceirizados de limpeza, vigilância e manutenção predial. Não tem dinheiro para pagar as bolsas de assistência estudantil e projetos de pesquisa e extensão dos estudantes. Não tem dinheiro para continuar processos prontos em andamento, como aquisição de bebedouros industriais (necessário por causa da pandemia de covid), contratação de intérpretes de libras, psicopedagogos para prestar um melhor atendimento aos estudantes, aquisição de computadores, móveis, aditivos de obras que estão em andamento, pagamento dos estagiários, aquisição de usinas fotovoltaicas, etc.
“Nós fazemos um planejamento anual de todas nossas despesas, cada centavo já está planejado para ser utilizado em determinada ação. Em junho, tivemos o primeiro corte de R$ 2,9 milhões (orçamento anual de mais de um campus) e tivemos que nos replanejar. E a situação só piora porque com o corte de ontem o IFB ficou com a conta negativa. O que isso significa? Que mesmo os compromissos anteriormente assumidos com o empenho, agora nós não temos o dinheiro para pagar. É impossível fechar o ano nestas condições”, destaca a reitora do IFB, Luciana Massukado.
Luciana conta que o sentimento é de total insegurança. “Nós gestores, ao assinar as autorizações de empenho nos comprometemos a realizar o pagamento. Mas, como vamos conseguir honrar essa dívida se nosso recurso financeiro foi retirado? Não há planejamento que dê conta de tanto vai e vem. A situação é extremamente grave. Precisamos que a situação seja revertida imediatamente e estamos trabalhando nisso junto com Conif (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica), a bancada federal no Congresso Nacional e com os movimentos estudantis organizados”, finaliza a reitora.
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