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Estudo mostra que Indústria precisará de 7,2 milhões de técnicos até 2015

Criado: Quinta, 20 de Setembro de 2012, 17h25 | Publicado: Quinta, 20 de Setembro de 2012, 17h25 | Última atualização em Quinta, 05 de Dezembro de 2013, 10h22 | Acessos: 1969

 

Dados do Mapa do Trabalho Industrial 2012, elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), mostra que o Brasil terá de formar 7,2 milhões de trabalhadores em nível técnico e em áreas de média qualificação para atuar em profissões industriais até 2015. Haverá oportunidades em 177 ocupações, como trabalhadores da indústria de alimentos (cozinheiros industriais), padeiros e supervisores de produção de indústrias químicas e petroquímicas.

Do total da demanda, 1,1 milhão será por trabalhadores para ingressar em novas oportunidades no mercado. O restante já está trabalhando e precisa manter-se qualificado para acompanhar os avanços tecnológicos da indústria.

Entre as ocupações que necessitam de cursos profissionalizantes com mais de 200 horas, a maior demanda está no setor de alimentos. Serão necessários 174,6 mil trabalhadores para a indústria de alimentos (cozinheiros industriais) entre 2012 e 2015 em todo o Brasil. No mesmo período, o país precisará de 88,6 mil operadores de máquinas para costura de peças do vestuário e 81,7 mil preparadores e operadores de máquinas pesadas para a construção civil.

Já entre as ocupações técnicas de nível técnico, o técnico de controle da produção lidera o ranking com demanda de 88.766 profissionais, seguido de técnicos em eletrônica com 39.919, e de técnicos de eletricidade e eletrotécnica, com 27.972.

A pesquisa mostra ainda que os profissionais das ocupações operacionais precisam ser polivalentes, com capacidade para desempenhar várias funções. Vem aumentando também a importância de características como visão sistêmica do fluxo produtivo e capacidade de gerenciamento.

Apesar de não figurarem no topo da lista da demanda, algumas profissões têm ganhado espaço no mercado de trabalho industrial. Entre elas estão agentes de meio ambiente, pela utilização de tecnologias mais limpas e preocupação com a conservação dos recursos naturais, e trabalhadores do campo da logística, de operadores a técnicos.

A maior necessidade por profissionais capacitados nesses dois grupos se concentra nas regiões Sul e Sudeste, especialmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná.

A demanda por região é a seguinte: 4,13 milhões (57,6%) no Sudeste, 1,50 milhão (20,9%) no Sul, 854,50 mil (11,9%) no Nordeste, 383,50 mil (5,5%) no Centro-Oeste e 294,80 mil (4,1%) no Norte.

A pesquisa também identifica as principais demandas por profissionais qualificados em todos os estados. No grupo de ocupações que requerem mais de 200 horas de qualificação, a de cozinheiro industrial lidera em 25 unidades da federação. Já entre as profissões de nível técnico, a necessidade maior será por técnicos de controle da produção, técnicos em eletrônica e técnicos em eletricidade e eletrotécnica.

A demanda por profissionais de nível técnico para os próximos três anos é 24% maior que a registrada para o período 2008-2011, quando a necessidade de profissionais ficou em 5,8 milhões.

O Senai oferece, a cada ano, 2,5 milhões de vagas. A maioria delas é para cursos de aprendizagem industrial, aperfeiçoamento profissional, qualificação profissional e cursos técnicos de nível médio.

Do ponto de vista dos trabalhadores, a qualificação profissional possibilita melhores chances de colocação no mercado e salários. Pesquisa realizada pelo Senai em 2011 mostrou que 80% dos formados nos cursos técnicos da instituição em 2010 estavam trabalhando em 2011 e recebiam, em média, 2,47 salários mínimos, o equivalente, na época, a R$ 1.346,15 ao mês.

Os técnicos também foram muito bem avaliados por seus supervisores nas empresas. Em uma escala de zero a dez, receberam 8,4 no quesito competências básicas e 8,3 em competências específicas e de gestão.

“Apenas 6,6% dos brasileiros entre 15 e 19 anos estão em cursos de educação profissional. Na Alemanha, esse índice é de 53%. Nossos jovens precisam ver a formação profissional como uma excelente oportunidade para o mercado de trabalho”, afirma o diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi.

Fonte: Portal G1

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