Da árvore ao fruto: IF's mostram formas criativas, saudáveis e sustentáveis de aproveitar a banana
Brigadeiro de banana? Bijuteria de bananeira? Em um primeiro momento, é difícil imaginar a possibilidade de produção desses produtos a partir dessas matérias-primas; mas trabalhos apresentados pelos Institutos Federais na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) mostram que, com criatividade, tudo acontece.
Do Campus Planaltina do Instituto Federal de Brasília (IFB) veio a dica culinária. A partir da biomassa da banana nanica verde, professoras do curso de Agroindústria ensinaram, em oficina, nesta quarta-feira, 17 de outubro, a preparar brigadeiro.
Para virar matéria-prima do doce, as frutas são cozidas, ainda verdes, batidas em liquidificador e geladas. A professora Eliane Molica, que ministrou a oficina, conta que o brigadeiro é uma das formas de consumir o fruto verde, que possui um maior teor de amido do que a fruta madura. “O amido resistente é aquele que não foi degradado pelo intestino delgado, é utilizado pelo intestino grosso e beneficia bactérias benéficas para a flora intestinal, não deixando o intestino constipado”, explica a professora.
Além disso, a banana verde também atua na redução do colesterol e é importante na prevenção do desenvolvimento de doenças do coração.
Além de todos esses benefícios, o sabor do produto foi aprovado pelos participantes. A bióloga Elizabeth Teles participou da oficina e garantiu que vai repetir a receita em casa. “Achei a oficina muito interessante e não só pela utilização do produto em si, mas também pelo sabor. Foi muito rápido e a explicação da professora mostrou que é algo possível e fácil para fazer na cozinha. É uma atividade para o dia a dia de uma dona de casa”, opina.
Bijuterias
Foi utilizando a criatividade e a fibra de banana como matérias-primas que egressas do curso de Produção e Design de Modas do Campus Jaraguá do Sul do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) abriram a empresa Nanica Chick, especializada em criação de tiaras, pulseiras, brincos, colares, entre outras bijuterias, todas feitas a partir da fibra da bananeira.
As três sócias na empresa – Carmem Hrezuck, Jackqueline Rode e Nayla Ramos – contam que a ideia surgiu em um trabalho escolar, quando ainda estudavam no IFSC. “Em uma disciplina de Marketing, houve uma atividade em que tínhamos de criar um produto inovador, partindo de uma ideia nova. Pensamos nas bijuterias a partir da fibra de bananeira”, conta Carmem.
E a ideia deu tão certo que, a partir de então, as estudantes não pararam mais. Depois disso, elas foram selecionadas em um edital da Incubadora de Empresas do IFSC, tornaram-se empresárias e já ganharam, inclusive, um prêmio estadual de propostas inovadoras.
Segundo Jackeline, a ideia é promover o conceito de sustentabilidade. “A nossa proposta não é apenas comercializar mais um produto, mas sim vender também a ideia da sustentabilidade, já que nossos produtos são feitos da parte da bananeira que tem de ser retirada, logo após a colheita das bananas. E essa parte acabava atrapalhando a produção”, explica a sócia.
A empresa já tem projetos para criação de novos produtos, como bolsas e cintos, e, a partir da semana que vem, elas iniciarão a venda de produtos com entrega para todo o Brasil. Para comprar e conhecer mais sobre os produtos da empresa, acesse o facebook: facebook.com/nanicachick.
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