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Estudos do IFB propõem saídas para problemas sociais e trabalhistas

Criado: Sexta, 19 de Outubro de 2012, 12h11 | Publicado: Sexta, 19 de Outubro de 2012, 12h11 | Última atualização em Quinta, 05 de Dezembro de 2013, 10h22 | Acessos: 2071

Questões ambientais e sanitárias, segurança do trabalho e avaliação da qualidade do ensino profissionalizante. Todos esses temasoram abordados durante a apresentação de projetos de iniciação científica por alunos do Instituto Federal de Brasília (IFB), na Semana de Ciência e Tecnologia (SNCT), que, em Brasília, ocorre de 16 a 21 de outubro.

 

Projeto científico ligado à saúde pública, a “análise ambiental e geotécnica da área destinada ao aterro sanitário de Samambaia” – região administrativa do  DF – realizada no período de janeiro a outubro deste ano pelo professor de engenharia e pesquisador do IFB, Carlos Petrônio Leite Silva, contribuiu para avaliar a viabilidade do empreendimento, que deverá ser construído próximo à estação de tratamento de esgoto da Caesb, já em operação.

 

Para cumprir a tarefa, Petrônio contou, logo no início do ano, com o apoio da Terracap (Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal), que forneceu, gratuitamente, um mapa ipsométrico (altitude do relevo e de declividade do terreno) em alta resolução da região em estudo. “Com a identificação dos pontos onde há curvas de nível e pontos de drenagem, foi possível concluir que não há risco ao empreendimento”, explicou.

 

 

Bolsa de iniciação científica

 

Unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) também disponibilizou o banco de dados do sistema de informações geográficas do DF para o desenvolvimento do projeto. Com essas contribuições, o IFB está montando, com o auxílio dos alunos, seu próprio banco de dados.

 

Segundo Petrônio, a escolha do local também cumpriu as normas da aviação, por estar a mais de 19 km da cabeceira do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. “Com a análise detalhada do solo por parte da Terracap, termina o processo de investigação a respeito da viabilidade do terreno, cujo custo representa somente 0,5% do valor da obra”, calculou.

 

Para desenvolver o projeto, o professor contou com uma bolsa de iniciação científica concedida pelo instituto, no valor de R$ 1,2 mil por seis meses, além da colaboração de quatro alunos de ensino médio do instituto, que receberam uma bolsa individual de R$ 100,00.

 

 

Segurança na construção civil

 

Acidentes de trabalho são mais frequentes em obras de construção civil de menor porte em Samambaia e menos fiscalizadas pela Delegacia do Trabalho, apontou o projeto, desenvolvido durante oito meses por alunos do IFB, sobre as condições de trabalho em obras de construção civil na região administrativa de Brasília.

 

A professora do instituto, mestra em engenharia civil e especialista em segurança do trabalho, Renata Moreira de Sá e Silva, explicou que a fiscalização da atividade se concentra em obras de maior porte, abrindo espaço para irregularidades nas construções de médio e pequeno portes. “A proximidade da estação do metrô é o fator que leva à concentração de obras na parte sul da cidade”, observou.

 

De acordo com Renata, os alunos-pesquisadores tiveram muita dificuldade de acesso às obras de pequeno porte, justamente aquelas que apresentaram maior número de irregularidades, como quedas de material, falta de manutenção de equipamentos cortantes e de bandejas de proteção em torno do prédio, sem contar a ausência de isolamento de redes elétricas.

 

“Concluímos que a melhor maneira de reduzir os acidentes é a realização de palestras educativas nas obras, ao final do expediente com a concordância das construtoras, com o objetivo de conscientizar os trabalhadores, que devem exigir do empregador equipamentos e condições de trabalho adequados”, afirmou. Nas obras de maior porte, mais fiscalizadas, o problema mais comum era a falta de asseio e limpeza, favorecendo o surgimento de doenças. Os resultados obtidos servirão de subsídio para a elaboração de um relatório, que será entregue pelo IFB às construtoras.

 

 

Evasão escolar

 

A necessidade de sobrevivência é um dos principais fatores de evasão escolar entre os alunos de ensino técnico do IFB, apontou o estudo da estudante do curso de Cooperativismo, Evelynne Katriny Silva de Sousa Miranda, que identifica no caso uma questão de inclusão social. “Como os alunos tiveram de priorizar o emprego, em detrimento dos estudos, os professores propuseram às empresas a flexibilização da jornada de trabalho para permitir que eles pudessem continuar estudando”, explicou Evelynne.

 

O trabalho científico, o primeiro da pesquisadora, concluiu que o critério de seleção dos alunos para os cursos, por meio de sorteio, igualmente agravou o problema da evasão. Isso porque os selecionados não tinham conhecimento pleno do conteúdo do programa oferecido pela instituição. Para alterar esse quadro, o IFB passou a realizar palestras informativas e a promover um curso preparatório aos estudantes.

 

Para o orientador da aluna, o professor do IFB no campus Gama, Claudionei Nascimento Silva, a pesquisa mostrou que o problema é mais sociológico do que pedagógico, pois o trabalho e a família foram priorizados pelos alunos, em detrimento do curso.

 

“A evasão é um prejuízo para o aluno, para o instituto e para a sociedade que o financia. Então, terminar um curso de três semestres com apenas quatro alunos é indicativo preocupante”, admitiu. Para compensar as dificuldades de aprendizado, Claudionei propôs a criação de turmas de nivelamento para suprir as deficiências de assimilação das matérias.

 

Fonte: Marcello Sigwalt – Ascom do MCTI

 

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