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XI Jornada do PIBID IFB: formação docente como política fundamental para a promoção dos Direitos Humanos

Criado: Terça, 17 de Dezembro de 2024, 15h41 | Publicado: Terça, 17 de Dezembro de 2024, 15h41 | Última atualização em Terça, 17 de Dezembro de 2024, 16h07 | Acessos: 273
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A XI Jornada do PIBID IFB – Formação docente como política fundamental para a promoção de direitos humanos ocorreu no sábado, 14 de dezembro de 2024, na Câmara Legislativa, a partir de uma parceria com o Mandato da Esperança do gabinete do Deputado Distrital Gabriel Magno. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID – IFB) é uma política de governo que visa proporcionar aos estudantes de licenciatura uma formação mais ampla e próxima da prática docente. O evento foi organizado pela Comissão Permanente de Formação Docente do IFB, constituída pela Coordenação Institucional do PIBID, em parceria com os professores coordenadores de áreas de supervisão, com o objetivo de reunir estudantes, supervisores e coordenadores de áreas para fortalecer a parceria entre o instituto e as escolas da educação básica, além da Secretaria de Educação do Distrito Federal.

Na jornada de sábado, durante a mesa de abertura, a coordenadora María del Pilar Tobar Acosta destacou os avanços e a contribuição do PIBID para a melhoria da educação básica. Em 2020, o IFB tinha apenas 24 bolsas de iniciação à docência, número que saltou para 192 em 2022 e para 288 em 2024, graças ao esforço dos/as professores/as coordenadores/as de área e da coordenadora institucional de aprimoramento do projeto institucional apresentado aos editais da CAPES. Ela também ressaltou que, ao final da edição do PIBID em 2026, o IFB receberá um total de R$6.415.200,00 para custear as bolsas do programa. 

A Reitora Veruska Ribeiro Machado salientou os desafios na formação de professores, como os da inclusão social e da inclusão digital. A Pró-reitora de Ensino Rosa Amélia Pereira da Silva destacou a relevância da docência para a construção de uma realidade social mais justa e igualitária. A convidada professora Linair Moura Barros Martins, diretora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento, enfatizou a importância da parceria com a Secretaria de Educação para aprimorar o programa, apontando seu impacto na formação de futuros professores e a centralidade desses programas para enfrentar o apagão de docentes previsto para os próximos anos.

No segundo momento da Jornada, a professora Maria Luiza Pinho Pereira (professora aposentada da UnB; GTPA – Fórum EJA - DF) proferiu uma aula magna, centrada na compreensão integral da atuação docente frente aos desafios do século XXI, considerando o avanço da Inteligência Artificial a serviço de um sistema de capitalismo de vigilância e a emergência climática. Ela destacou a necessidade de aprendermos com os povos ancestrais caminhos para superar o estado de coisas que nos legou a realidade atravessada por desigualdades e violências. Os saberes ancestrais foram apresentados como possibilidades para a construção do bem-viver.

A professora Maria Luiza é uma das referências em formação docente no Distrito Federal, tendo atuado junto a Paulo Freire no trabalho de alfabetização e formação popular. Por sua militância na luta por um ideal de sociedade mais justo e igualitário, foi perseguida pela ditadura civil-militar que assolou o país entre 1964 e 1985. Durante esse período, precisou viver na clandestinidade, foi presa e torturada. Após a reabertura democrática, atuou na Escola Normal de Ceilândia, promovendo as perspectivas teóricas e metodológicas de Paulo Freire, e lecionou na Universidade de Brasília até sua aposentadoria. Atualmente, lidera o Fórum EJA do Grupo de Trabalho sobre Pedagogia para a Autonomia do Distrito Federal, é membro da diretoria da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB) e tem conduzido diversos estudos e reflexões sobre os desafios da educação. Suas contribuições são absolutamente valiosas para ampliar os horizontes do PIBID IFB.

As Jornadas do PIBID do IFB são eventos realizados a cada semestre, buscando reunir os 337 membros do programa para momentos formativos e para a construção de ações coletivas, a partir da experiência situada em cada Núcleo de Iniciação à Docência que o compõem. Trata-se de eventos essenciais para garantir que as ações do PIBID sigam alinhadas às necessidades da educação e ao desenvolvimento contínuo dos alunos, professores e instituições envolvidas. A avaliação da XI Jornada, a primeira desta edição do PIBID, revelou a grande dimensão que o programa alcançou, a ponto de ultrapassar os limites do IFB. Por isso, foi necessário ocupar espaços como o Auditório da Câmara Legislativa do DF para comportar nossa equipe. Ao mesmo tempo, a simbologia dessa ocupação de um território tão relevante, como o poder legislativo do DF, marca a importância do programa para a promoção dos direitos humanos. Isso reforça a necessidade de que o PIBID seja elevado à condição de política de Estado por meio do projeto de Lei 3.970/2021, com o qual o PIBID IFB se engaja.

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