IFB trabalhará em parceria com a Embrapii
Preocupado em incentivar a inovação no país, o Governo acaba de criar a Embrapii (Empresa Brasileira para Pesquisa e Inovação Industrial), que vai incentivar financeiramente projetos de inovação. O Instituto Federal de Brasília (IFB) já está preparado para trabalhar em parceria com a nova empresa. “As procuradorias jurídicas do Instituto, do Ministério da Educação e da Ciência e Tecnologia já estão em contato e posso adiantar que o IFB terá uma participação ativa na Embrapii”, anunciou o reitor do IFB, Wilson Conciani.
“A Embrapii será a Embrapa do setor de Pesquisa e Inovação”, resume Conciani, que está com boas expectativas em relação à nova empresa criada pelo Governo Federal. “Ela vai contribuir para o desenvolvimento da tecnologia industrial brasileira, que é hoje o grande gargalo do nosso país”, avalia.
A criação da Embrapii foi anunciada na última quarta-feira (14), em solenidade no Palácio do Planalto, como parte de um pacote de investimentos, no valor de R$ 32,9 bilhões para o financiamento de projetos de inovação, pesquisa e desenvolvimento. Durante o evento, a presidente Dilma explicou que a empresa "terá papel fundamental na articulação entre institutos de pesquisa e o setor privado".
Inova Empresa
Intitulado Plano Inova Empresa, o programa vai contar com R$ 28,5 bilhões de investimentos diretos do governo e R$ 4,4 bilhões em investimentos da Agência Nacional do Petróleo (ANP), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Sebrae. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) também fará um aporte extra de R$ 3,5 bilhões depois que finalizar o processo de regulamentação do setor.
A Embrapii, com capital inicial de R$ 1 bilhão, vai fazer a ponte entre empresas privadas e instituições públicas de pesquisa e inovação. "Com uma estrutura ágil, ela vai fazer o casamento entre demandas das empresas e a oferta de pesquisas tecnológicas e a infraestrutura existente”, explicou o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp. Por intermédio da Embrapii as empresas poderão ter acesso aos laboratórios e universidades para atender à demanda industrial por pesquisas e desenvolvimento de produtos, disse o ministro durante a solenidade no Palácio do Planalto
A constituição da Embrapii, como organização social, com autonomia de uso de recursos, só deve ser concluída nos próximos meses, mas já há programas-piloto em funcionamento, com governo, empresa e instituições de pesquisa.
Enquanto a Embrapii vai receber pedidos de apoio independentemente de convocação anterior, a concessão de grande parte dos R$ 32,9 bilhões será feita a partir de editais a serem publicados entre março e abril, para atender aos setores considerados "estratégicos": a cadeia agropecuária, o setor de energia, o complexo industrial ligado à saúde, a indústria aeroespacial e de defesa, o setor de tecnologia de informação e telecomunicações, empreendimentos ligados à recuperação e conservação do clima e biodiversidade e desenvolvimento urbano.
A Embrapii terá gestão e financiamento paritário entre o setor privado e o setor público. O governo entra com um terço do financiamento, assim como, igualmente, as empresas e as instituições de pesquisa. O projeto-piloto conta com o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia – Senai/Cimatec, na Bahia, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) e o Instituto Nacional de Tecnologia (INT).
Com informações da Agência Brasil.
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