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Simpósio de Formação Docente é encerrado com a presença do educador português José Pacheco

Criado: Sexta, 18 de Outubro de 2013, 18h42 | Publicado: Sexta, 18 de Outubro de 2013, 18h42 | Última atualização em Quinta, 05 de Dezembro de 2013, 10h22 | Acessos: 3127

 

O encerramento do I Simpósio de Formação Docente do Instituto Federal de Brasília foi realizado nesta sexta-feira, 18, no auditório da Finatec (UNB), com a presença do educador português José Pacheco, idealizador da Escola Ponte e famoso por contestar o modelo de educação tradicional vigente.


Cerca de 250 pessoas puderam assistir à palestra do pedagogo, que questiona os elementos tradicionais empregados no ensino como provas, lista de presença, turmas, ciclos ou classes. Para ele, esse padrão conservador é resultado de uma tradição positivista do século XIX, fruto do período de industrialização quando eram adotados esquemas de produção massiva em série. “Estamos no século XXI, não podemos continuar com este modelo”, sustentou.

 

Currículo subjetivo – Pacheco chamou a atenção para a necessidade de se respeitar a individualidade no processo de aprendizagem. “Cada ser humano é único, não pode ser trabalhado do mesmo modo que os outros”. O educador salientou a importância da autenticidade no ato de aprender, em conformidade com a imprevisibilidade do ato humano.

 

“Aula é inútil e prejudicial”. Com esta frase Pacheco alertou sobre a prática corrente da docência em que simplesmente se repete o que está escrito em livros ou na internet. A aprendizagem proposta pelo educador, integrativa e socializadora, deve formar um indivíduo ético e capaz de analisar, comparar, criticar e comunicar o conteúdo apreendido.

 

Balanço – Para Josué Sousa Mendes, mediador do debate, a presença de José Pacheco neste primeiro evento que debate a licenciatura no IFB traz questões que vão desafiar a implantação de novos cursos no Instituto. Já o pró-reitor de ensino, Adilson César de Araújo, afirma que os debates apresentados ao longo dos dois dias de simpósio apontam para a necessidade de uma outra formação docente. “Na escola real, há repetência, evasão, abandono, vimos que uma outra escola é possível, com dimensão mais humana e pessoal', afirmou Adilson.

 

O professor de matemática José Messias, do Campus Riacho Fundo, falou sobre a importância do evento para a construção de um espaço de discussão que busque alternativas para as licenciaturas. Para ele, os professores precisam se integrar e participar mais dessas oportunidades de debate.

 

José Pacheco finalizou sua apresentação mostrando que suas ideias são possíveis e viáveis. Foram apresentados vídeos do Projeto Âncora, uma escola situada no município de Cotia (SP), onde se adota a metodologia revolucionária da Escola Ponte. Numa região situada entre três favelas, a escola é capaz de atender mais de cem famílias de baixa renda e oferecer formação humanística e curricular.

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