Ciência também é coisa de criança
Olhares atentos, sorrisos desconfiados e expressões de surpresa. Não é fácil prender a atenção de crianças por muito tempo, mas no estande da Rede Federal na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) as turmas de educação infantil que visitam o espaço ficam paralisadas, atentas às explicações e demonstrações dos projetos expostos.
Um dos projetos que despertam interesse dos pequenos é o “Ciência Itinerante” do IF Baiano, um trabalho que propõe apresentar, de forma lúdica e bem humorada, a Física, a Química e a Matemática presentes no nosso dia a dia. Dois projetos chamaram a atenção da garotada: a cama de pregos e o detector de mentiras – uma garrafa cheia de água, dividida pela metade com os nomes verdade e mentira. Quando a pessoa aperta o frasco, a cápsula desce e aponta para o “mentira”.
“O detector de verdade e mentira nada mais é do que um trabalho para explicar a pressão. Quando a gente aperta o frasco, a cápsula desce; é o mesmo efeito que faz o submarino, que tem várias cápsulas enormes e enche de água, fica mais denso e desce até o fundo do mar. Quando eles querem subir, soltam, ficam menos densos e voltam para o local de origem”, explica o estudante do 2.º ano do curso técnico integrado em Agropecuária do Campus Catu.
Vitor conta que o projeto faz muito sucesso entre as crianças, e é justamente isso um dos objetivos do trabalho. “As crianças quando chegam já querem pegar nos experimentos, já querem saber como é que é. E essa é a proposta do projeto. Fazer com que as pessoas olhem e vejam a Física de um modo diferente, de uma forma legal e não aquela Física chata”, explica Vitor.
Robôs dançando
Outro projeto que desperta a atenção dos visitantes de todas as idades é o trabalho desenvolvido pela Equipe de Robótica Jaguar do Campus Volta Redonda do Instituto Federal do Rio de Janeiro. Dois robôs, vestidos de índio e motociclista, acompanham os estudantes numa performance de dança, ao som da banda norte-americana Village People, ícone da música dos anos 80.
Integrante do grupo, o estudante do curso técnico em Automação Industrial Carlos Alex Júnior explica que o projeto tem chamado bastante a atenção, em suas apresentações, em especial da criançada.
“A curiosidade da criança é algo incrível. Eles já chegam perguntando como eles dançam e quando eles começam a dançar; aí que eles gostam mesmo, e isso desperta uma curiosidade que elas vão querer descobrir uma hora. Se elas gostarem da área então, aí vão querer desenvolver essa curiosidade que foi despertada agora”, conta o estudante.
A equipe Jaguar veio a Brasília direto de Fortaleza, onde o projeto dos robôs dançarinos ganharam o primeiro lugar na Competição Brasileira em Robótica (CBR). O grupo, que é formado por 11 estudantes do curso de Automação Industrial, competiu com outros dois projetos. Os robôs que jogam futebol, chamados de soccer, ficaram em 2.º lugar, e o Robotiva ficou na 3.ª colocação, em suas respectivas categorias.
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