Seções temáticas abordam preconceito com o cabelo crespo e o negro no mercado de trabalho
O segundo dia da III Semana de Reflexões Sobre Negritude, Gênero e Raça (Sernegra) do Instituto Federal de Brasília (IFB) contou com vários simpósios sobre o tema. A cada 40 minutos em diversas salas aconteciam seções temáticas sobre negritude, gêneros e raças com estudantes, professores, especialistas.
Os participantes do Sernegra puderam debater e fazer reflexões de temas como o preconceito com o cabelo crespo, o negro no mercado de trabalho, a participação na mídia e qual tem sido o papel dos mesmos na política contra o racismo entre outros temas relacionados.
Uma das coordenadoras das seções temáticas, a professora de sociologia e doutoranda, Maíra Zenun, falou sobre a reflexão dos temas no simpósio. “Estamos em pleno século 21, em 2014, e a discussão sobre o tema é muito recente. Não à toa que essa é apenas terceira edição do Sernegra. Só agora estamos conseguindo desenvolver e avançar com eventos na capital do país que discutem temas relacionados a classe negra, principalmente a mulher negra”, explicou ela.
A jornalista e professora de doutorado de comunicação da Universidade de Brasília (UNB), Kelly Quirino, falou sobre a importância de discutir continuamente o tema.
“É algo para se discutir o ano inteiro, não só agora em novembro que é o mês da consciência negra. A questão racial é transversal, nós somos 52% da população, então a gente ainda não tem uma igualdade racial. Continuamos com um dos piores índices socioeconômicos, Continuamos ainda sub-representados na comunicação e no poder público. A questão de raça e gênero tem que ser transversal em todas as áreas. O Sernegra é importante para a discussão acadêmica, porém, tem que ir para além da academia, ir para espaços na política pública e de discussões da sociedade”, disse Kelly Quirino.
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