Sernegra: "Continuam a exterminar os nossos"
Abordando o extermínio da população negra, principalmente os jovens, o círculo de debate “Continuam a exterminar os nossos”, fez parte da programação da III Semana de Reflexões sobre Negritude, Gênero e Raça (Sernegra).
No debate, a abordagem do extermínio direto, quando o indivíduo morre. O extermínio simbólico, quando ele percebe que é tratado de maneira diferente por ser negro. O extermínio do afeto, quando a mãe negra passa mais tempo com o filho do patrão.
“É um extermínio que se estende”, diz Vanessa Menezes de Andrade, negra e moradora da favela do Cantagalo. Ela investiga, em sua tese de doutorado, o sofrimento das mulheres negras que têm seus filhos assassinados. “Se o jovem negro é o jovem que mais morre, a mulher negra é a que mais chora por conta da morte de seus filhos”, afirmou Vanessa.
O debate foi conduzido pela moradora do Cantagalo em parceria com Nina Silva. Negra, administradora de empresas e escritora, o trabalho de literatura de Nina é concentrado na invisibilidade da mulher negra.
“Meu desconforto já era grande e eu não entendia porque. Quando entrei na faculdade e eu olhava a minha volta e não me reconhecia, comecei a ver que eu precisava falar daquilo de alguma forma”, disse Nina.
Redes Sociais