Círculo de debate: “De onde vem essa mágoa? Psicologia da mulher negra"
Na manhã dessa sexta-feira, 21 de novembro, aconteceu o círculo de debate “De onde vem essa mágoa? Psicologia da mulher negra”. A atividade faz parte da programação da III edição da Semana de Reflexões Sobre Negritude, Gênero e Raça (Sernegra) que vai até o dia 23.
Foi utilizado no círculo de debate o texto ‘Vivendo de amor’, da autora americana, Bell Hooks. Uma das mediadoras do círculo, a administradora e escritora, Nina Silva, explicou a escolha do tema.
“Esse tema fala de todos os movimentos em relação as organizações das mulheres negras no país, ao discurso da mulher enquanto ao feminismo negro e que muita gente fala que as mulheres negras só reclamam, não veem tudo de bom que aconteceu, todas as vitórias, e não, não é isso. A gente não só reclama”, afirma Nina.
Para ela, existem diferenças em relação ao movimento do feminismo branco e algumas particularidades ao movimento negro em geral.
“A escolha desse tema é para falar um pouco do universo negro enquanto um suporte para a mulher que vai ter o seu marido morto nas estáticas, que vai ter o seu filho na marginalidade. Esse é o tema para agregar, não para falar que a mulher negra, é para fortalecer a peculiaridade, falar da magoa é resgatar o amor”, explica ela.
A estudante do curso de letras, Fernanda Sousa, falou porque decidiu participar do círculo de debate e do Sernegra em geral.
“Resolvi participar pelo foco que tem em gênero e raça, que são temas que sofrem bastante negligências nas academias. Gênero nem tanto, mas raça não tem espaço, ou quando tem é um espaço mais marginal nos eventos. Ter um simpósio com foco neste tema é muito importante e me motivou a estar aqui. O fato das pessoas que estão aqui também serem negras, e de que todas as atividades têm esse foco é o que me motivou a participar.", disse a estudante.
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