“Valeu, IFB!” – Semana da Mulher
"O instituto fez uma mudança radical na minha vida. Eu estava num lugar cômodo e o IFB me trouxe de volta para o mundo acadêmico, reencontrando alguns sonhos.”
Aos 24 anos, por meio da mãe de um aluno, Bruna Benevides conheceu o Instituto Federal de Brasília (IFB). Desde então, ela conta que se apaixonou pela instituição. Matriculou-se no curso técnico em Serviço Público, tornou-se estagiária e em seguida foi terceirizada como técnica em secretariado.
Mas, sua aventura pela Rede Federal não parou por aí. Depois do seu primeiro ano como discente, Bruna trocou o curso técnico em Serviço Público pelo tecnólogo em Gestão Pública. Ao ficar sabendo que o Instituto Federal Goiano havia publicado edital para concurso com vaga de técnico em secretariado, inscreveu-se para a prova com o objetivo de preparar-se para quando surgisse a vaga também no IFB.
Bruna consegui a aprovação e passou no concurso do IFGoiano, mudou-se para Goiânia e trancou o curso no IFB. Um ano depois, por meio do programa de redistribuição, voltou para Brasília e retomou o curso de Gestão Pública, além de ocupar a vaga de técnica em secretariado no IFB.
Em entrevista, ela conta que virou referência em sua família, apesar de ser a mais jovem dentre cinco irmãos. Foi a primeira a se formar no Ensino Médio, a primeira a entrar em um curso superior e a passar em concurso público. Hoje, ela cobra dos seus sobrinhos que tenham o objetivo de estudar. Seus irmãos, vendo sua trajetória, também inspiram-se nela.
Além disso, tomando como referência as experiências que teve atuando como monitora no Instituto, Bruna sonha em ser professora de administração no IFB.
Confira abaixo na íntegra a entrevista com a nossa personagem de hoje do “Valeu, IFB!" – Semana da Mulher:
Bruna, como você conheceu o IFB?
Eu conhecei por meio da mãe de uma aluna da escola de dança onde eu trabalhava. Eu já era adulta, estava naquela fase que tinha acabado o Ensino Médio, mas não sabia o que fazer, e o Ensino Técnico, por ser gratuito, me interessou.
E como foi início no Instituto?
Eu estava num emprego que gostava muito, mas não tinha possibilidade de estudar. Consegui a vaga no IFB, mas não era compatível com o horário do meu emprego. Eu trabalhava lá há seis anos, só que eu queria dar uma reviravolta na minha vida. Então larguei o emprego que estava e vim fazer o curso técnico. E gostei muito do fato das vagas ser por sorteio, o que dá chance para todos.
E como foi sua entrada no curso superior?
Eu fiz o ENEM pela primeira vez a nível de teste para ver o meu conhecimento. Só que eu consegui nota para trocar o curso de técnico em Serviço Público e entrei na primeira turma do Tecnólogo em Gestão Pública, e acabei me apaixonando pelo curso.
Como você foi parar no IFGoiano?
Então, no meio do curso de Gestão Pública, surgiu uma vaga de técnico em secretariado no Instituto Federal Goiano, fui fazer a prova lá a nível de teste, para quando surgisse vaga no IFB.
Não estava estudando muito porque não tinha o objetivo de passar, mas quando olhei a demanda pela vaga vi que era muito baixa, aí eu meti a cara, fiz a prova e passei. E aí veio a dor, tranquei meu curso no IFB e fui para Goiânia. Fiquei lá um ano, voltei para Brasília pela retribuição e consegui retomar o curso.
Hoje o que você faz no IFB?
Agora estou no 3° semestre do curso tecnólogo em Gestão Pública e trabalho na Pró-Reitoria de Administração, ocupando a vaga de técnica em secretariado.
O que o curso representa pra você?
Com o curso técnico pude voltar a estudar. Graças ao curso tive contato com a instituição, trabalhando como estagiaria e depois como terceirizada. E quando você trabalha num ambiente cheio de professores é muito difícil você parar de estudar, acaba gostando e está sempre aprendendo. Isso cria na gente aquela vontade de ir adiante.
O IFB mudou algo em sua vida?
O Instituto fez uma mudança radical na minha vida. Eu estava num lugar cômodo e o IFB me trouxe de volta para o mundo acadêmico, reencontrando alguns sonhos. Vi uma profissão que eu quero e sou apaixonada. O Instituto mudou muito minha vida, muito mais por dentro do que por fora, me fez uma pessoa melhor. Se não fosse o IFB, eu não sei onde estaria agora.
Quais são os seus planos profissionais?
Já fiz algumas monitorias aqui na área administrativa. Ainda faço o curso tecnólogo em Gestão Pública, daí poderei fazer concurso para área. Mas gosto de técnico em secretariado. Hoje, gostaria de ser professora nessa área aqui no Instituto.
E para você, como são os professores do IFB?
Alguns professores aqui foram cruciais em minha vida. Eu digo hoje que alguns são colegas, senão amigos, que sempre me acompanham e dão forças. Aprendi muita coisa com a professora Katia Palomo. Ela me ensinou a fazer o planejamento estratégico da minha vida. O professor André Dias me ajudou muito também, além dos outros professores. Aliás, todos são bastantes acessíveis.
Que recado você deixa para uma mulher que pensa em entrar no IFB?
A educação consegue mudar a gente e a gente muda o mundo. Eu diria para quem está parado ou desmotivado, que aqui o processo de aprendizado é mais próximo. O IFB proporciona futuro. Eu sei que posso sair daqui doutora. É um ensino gratuito do Governo de qualidade.
Hoje eu sei que posso ir longe, tenho um caminho longo e o IFB dá essa oportunidade para a gente. Cheguei aqui há 3 anos, só com Ensino Médio, sem perspectiva nenhuma e três anos depois me tornei servidora aqui.
Sou apaixonada por esse projeto. É uma política pública que chega onde tem que chegar.
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