Projeto “Cozinha Invisível” tem exposição nacional
O projeto Cozinha Invisível, desenvolvido pelas professoras de gastronomia do Instituto Federal de Brasília – IFB/Campus Riacho Fundo Juliana de Andrade e Ana Tereza Bandeira vai estar em exposição durante todo o mês de março no “Reffetorio Gastromotiva”, localizado no Rio de Janeiro, em uma homenagem às mulheres que fazem parte da construção e do desenvolvimento da Gastronomia como área de trabalho.
O projeto foi um dos selecionados em 2019 e recebeu financiamento da Fábrica de Ideias Inovadoras (Fabin) do IFB. “Cozinha Invisível” aborda tanto o campo de trabalho da mulher na cozinha profissional (especialmente das cozinheiras), como busca discutir a representatividade da mulher na Gastronomia e a percepção acerca de seu trabalho.
Segundo a professora Ana Tereza Portelada Bandeira, o desejo de expandir o projeto surgiu pela importância, necessidade e interesse da Cozinha Invisível ser vista pelo maior número de pessoas.
“A representação de mulheres como referência para o desenvolvimento da gastronomia é fundamental para reduzir o apagamento histórico que sofrem também nessa área de trabalho”, destaca a professora.
No último dia 6 de março, foi realizado o evento de abertura da Exposição Cozinha Invisível, com uma mesa-redonda sobre “Gastronomia e Gênero”. O debate contou com a participação da professora Juliana de Andrade, além de profissionais da área de Gastronomia e de pesquisadores e docentes da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
A docente de gastronomia do Campus Riacho Fundo considera a experiência do comer fundadora de uma identidade tanto individual como coletiva.
“Nós sentimos necessidade de representar/apresentar de uma forma lúdica algumas mulheres fundamentais para desenvolvimento da cozinha enquanto área de trabalho e também enquanto forma de resistência, onde através da cozinha ou do conhecimento sobre alimentos e práticas alimentares essas mulheres puderam se expressar”, destaca Juliana.
Reffettorio
O Refettorio Gastromotiva é uma iniciativa trazida para o Brasil pelos chefs Massimo Bottura (Food for Soul e Osteria Francescana eleito melhor restaurante do mundo em 2018), David Hertz (Gastromotiva e participante do Forum Econômico Mundial por meio da Gastronomia Social) e pela jornalista Ale Forbes para contribuir na luta contra o desperdício de alimentos, má nutrição e exclusão social.
O espaço funciona como um restaurante-escola onde chefs convidados e jovens talentos da Gastromotiva cozinham com ingredientes excedentes. Diariamente, são servidos pratos para 90 pessoas em situação de rua no jantar.
“A experiência da parceria com o Reffetorio Gastromotiva foi enriquecedora e a equipe de pesquisadores e professores de Gastronomia do IFB já pensa em novos projetos conjuntos”, finaliza Juliana.
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