IFB Campus Samambaia realiza I Colóquio de EJA EPT: Diálogo entre o IFB e o IFG

No dia 23 de novembro , no auditório do Campus Samambaia, aconteceu o I Colóquio de EJA EPT: Diálogo entre o IFB e o IFG, realizado pela Comissão de Política de EJA do IFB e pela Pró-Reitoria de Ensino. O evento contou com a participação da professora Mad’Ana Desirrée Ribeiro de Castro e do professor Ramon Marcelino Ribeiro Júnior, do Instituto Federal de Goiás. 

Os convidados evidenciaram que a EJA EPT deve ser encarada como uma política de Estado, assumir sua centralidade nos Institutos, distanciar-se da ideia de programa passageiro e ter sua identidade permanente. Além de tudo, deve-se considerar o entendimento de instituição de ensino como um centro de produção cultural estreitamente articulado ao projeto de sociedade que se quer construir e, portanto, como um espaço-tempo do qual não se deve prescindir no contexto da disputa hegemônica. 

Com esse entendimento e um processo de sensibilização pedagógica no IFG, a Instituição conquistou 19 cursos de EJA EPT, a aprovação, pelo CONSUP, de bolsa imediata a todos seus estudantes deste segmento e formação continuada dos servidores por meio de fóruns, diálogos formativos, entre outros. Tudo isso culminou no comprometimento da gestão e de seu corpo docente voltados para a EJA EPT.

O evento foi finalizado com evidências práticas de sucesso do comprometimento docente com a EJA do professor de Química Ramon e de sua pesquisa de doutorado que investigou o saber em jovens e adultos, com base teórica no educador  Paulo Freire e no filósofo Richard Rorty. O  professor trouxe ainda a reflexão de que, apesar de alguns teóricos afirmarem que o fracasso escolar é programado, isso não é absoluto, e a prática pedagógica importa e faz a diferença. 

Por último, o debate foi aberto aos colegas do IFB que lançaram perguntas aos convidados, com o espaço aberto para provocações, reflexões e constante formação. Assim, o evento revelou-se relevante por demonstrar a necessária centralidade da temática e o quanto precisamos aprender coletiva e institucionalmente para poder transformar a EJA EPT no IFB.