IFB Campus Samambaia recebe estudantes angolanos em cooperação internacional
A tarde desta sexta-feira (30) foi de integração cultural no Instituto Federal de Brasília (IFB). Estudantes angolanos foram recebidos no gabinete da Reitoria pela reitora do IFB, Luciana Massukado, para falar sobre a experiência de cooperação internacional que vem acontecendo desde abril no IFB Campus Samambaia. O assessor de Relações Internacionais do IFB, Anderson Galvão, também participou do encontro, além da pró-reitora de Ensino do IFB, Veruska Machado.
A unidade recebeu cinco alunos angolanos por conta da cooperação internacional entre o IFB e a Universidade Metodista de Angola (UMA). Eles estão no campus fazendo o Curso de Qualificação Profissional (CQP) em Manutenção Predial, oferecido com oferta integrada parcialmente ao PROEJA em Edificações em diferentes módulos.
Este curso foi pensado especialmente para a cooperação, explica a professora Ângela Bertazzo, docente do IFB Campus Samambaia. “Quando estivemos em Angola, em junho/2022, percebemos a carência da equipe de gestão da manutenção do Campus Kinaxixi da Universidade na área técnica, e oferecemos a expertise do IFB. Todos os cinco alunos são alunos da UMA e também funcionários do Setor de Manutenção da Universidade”, disse a professora.
No final de julho, os alunos angolanos já retornarão à África com a conclusão da capacitação. Bertazzo relata que a capacitação foi pensada após observar uma carência de aulas práticas e formação técnica na universidade.
No encontro, os estudantes falaram sobre as diferenças culturais, climáticas e até gastronômicas experimentadas por eles. Hortêncio Kolombo Manuel, Antônio Miguel da Costa, Lhães Magalhães dos Santos, Madureira Matias Saqueia e Aldmiro Camati Vulola Acácio estão agora em uma parte prática do módulo, atuando no recalque de um prédio danificado aqui em Brasília. O final do curso envolve a realização de visitas técnicas e foi discutido o planejamento de cursos mais longos com o tema saúde e segurança do trabalho, envolvendo outros funcionários da universidade.
Madureira acha que os professores do IFB são muito carismáticos e têm uma maneira diferente de transmitir conhecimento em relação ao que é praticado na Angola. “Tivemos um choque cultural com as roupas que são utilizadas nas escolas, com a informalidade do povo brasileiro, está sendo uma experiência muita boa”, disse na reunião.
Já a professora que está mais próxima dos alunos nessa cooperação internacional explica que o campus está impactado em conhecer outra África com a presença dos estudantes na unidade. “É uma imersão única para os dois lados, tanto para os alunos como para nós, eles já têm amigos no campus, estão aprendendo mais da nossa língua e nossos costumes”, disse. Ela acredita que os estudantes que são engenheiros, arquitetos e jornalista na UMA voltarão com uma bagagem técnica maior para o seu país de origem.
Redes Sociais