Com a presença do ministro da Integração Nacional, 187 alunas formam-se no Mulheres na Construção

Com a presença do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, 187 alunas do Programa Mulheres na Construção receberam seus certificados nesta quarta-feira, 22 de maio, na nova sede do Campus Samambaia. O ministro afirmou, em seu discurso, que o objetivo da pasta que ele comanda é integrar o Brasil, tanto no sentido geográfico, diminuindo as desigualdades entre as várias regiões do País, quanto na diminuição das diferenças sociais.

“Temos aqui o Plano Piloto com a maior renda per capita do Brasil e logo ali temos Águas Lindas, com uma per capita que é a metade da do Piauí. O Ministério da Integração Nacional trabalha para diminuir estas desigualdades”, afirmou Bezerra.

Empreendedorismo na Construção Civil
As estudantes do Programa Mulheres na Construção do Campus Samambaia foram formadas nos cursos de Azulejista e Pintoras de Parede e podem atuar no mundo do trabalho como empregadas na Construção Civil. Entretanto, há outras possibilidades; uma delas seria organizar suas próprias empresas de prestação de serviço, e foi isso que a estudante Jelcatia Silva Pereira decidiu fazer.

Ela, que foi a oradora da turma, contou que já está com seu grupo, uma equipe de seis pessoas, prontas para prestarem serviços na área da construção civil. Jelcatia conta que trabalhou, por muito tempo, como empregada doméstica, e que, para fazer o curso do IFB, precisou ficar quatro meses sem trabalhar, dedicando-se apenas aos estudos.

A formanda e, agora, nova empreendedora, agradeceu o apoio ao marido, que, segundo ela, ficou responsável por todas as contas da família nesse período em que estava estudando. “Por quatro meses eu fiquei sem trabalhar e meu marido se responsabilizou por todas as contas”, disse  ela.

Garantia de emprego
A secretária de Estado da Mulher do Distrito Federal, Olgamir Amância Ferreira, disse que o Governo do Distrito Federal (GDF) vai garantir a inserção de todas as formandas no mundo do trabalho. Segundo ela, as alunas devem receber, nos próximos dias, ligações do Governo, que vai apresentar às pintoras e azulejistas as vagas disponíveis para elas.

Já o Sindicato da Construção Civil no Distrito Federal (Sinduscon) informou que também deve contribuir para a inserção das novas profissionais nos processos de trabalho. Para o Sinduscon, tanto a ideia das estudantes trabalharem como empregadas, quanto à possibilidade de elas organizarem-se em pequenas empresas ou atuarem como trabalhadoras autônomas é positivo e há espaço para se ampliar o número de trabalhadoras nesse setor da economia.

Há vagas
O senador Rodrigo Rolemberg explicou que a Construção Civil emprega cerca de 90 mil pessoas no DF e, destas, apenas 2.700 são mulheres. Ele acredita que é possível dobrar esse número imediatamente. O parlamentar elogiou o IFB e disse que destinou cerca de R$ 2 milhões de suas emendas parlamentares para o Instituto.

Presenças
Participou, ainda, da formatura do Programa Mulheres na Construção o reitor do IFB, Wilson Conciani, a diretora do Campus Samambaia do IFB, Nely Terezinha, o superintende da Superintendência do Centro-Oeste (Sudeco), Marcelo Dourado, e o prefeito da cidade de Águas Lindas, Hildo Candango.

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