Núcleo de Estudos Agroecológicos de São Sebastião participa de projeto para a recuperação de ambientes ripários em perímetro urbano
No último dia 14 de dezembro, deu-se início as atividades de execução do projeto “Restauração de Ambientes Ripários em Perímetro Urbano”. Idealizado pelo estudante de Biologia Marcos Paulo Andrade e o professor Chesterton Ulysses da Universidade Católica de Brasília (UCB), a iniciativa é apoiada pelo Núcleo de Estudos Agroecológicos (NEA) do Campus São Sebastião do Instituto Federal de Brasília (IFB), no qual o estudante é colaborador, por meio dos projetos PIPA (Edital nº 019/RIFB, 2016) e NEA (Chamada MCTI/MAPA/CNPq nº 02/2016).
Ambiente ripário é aquele que se situa às margens de cursos d'água, tais como matas ciliares e de galeria. De acordo com a metodologia proposta, a restauração desses ambientes consiste no plantio de mudas nativas do Cerrado em áreas degradadas pela ação antrópica, seguido do acompanhamento do desenvolvimento do sistema no longo prazo sem intervenção humana, de forma a restabelecer o próprio equilíbrio ecológico por meio da regeneração natural. O NEA adquirirá no projeto conhecimentos técnicos importantes sobre a metodologia a fim de multiplicá-la em outros ambientes ripários em São Sebastião.
A área escolhida foi uma praça localizada a margem da DF-463, próxima a entrada principal do Bairro Morro da Cruz. A primeira etapa do trabalho em campo da equipe da UCB e NEA contou também com a colaboração da Horta Orgânica Comunitária Girassol, Administração Regional de São Sebastião, Secretaria de Agricultura (por meio do Programa Reflorestar) e ONG Projeto Vida – Padre Galhac. As atividades de plantio e manutenção da área sob intervenção ocorrerão durante os meses de dezembro e janeiro. Nos meses seguintes, haverá o acompanhamento do desenvolvimento das árvores e realização de limpezas esporádicas de resíduos sólidos que porventura sejam descartados na área.
Cabe destacar que ações de restauração ecológica precisam ser desenvolvidas com a finalidade de restabelecer as estruturas que regem o equilíbrio destes ambientes, que foram parcial ou integralmente destruídos, são importantes para a melhoria da qualidade de vida da população, conservando os recursos hídricos frente à escassez do recurso que se acentua no auge do período de estiagem entre os meses de maio e setembro.
Segundo Marcos Paulo e Chesterton, há uma estimativa de 10 anos a área seja plenamente recuperada: restaurando-se tanto a vegetação nativa, bem como proporcionando-se a estabilidade do solo evitando erosões e do volume do corpo hídrico que transpassa. O estudo, por sua vez, será acompanhado ao longo de 5 anos. A curto prazo, as instituições envolvidas pretendem utilizar o local para atividades de Educação Ambiental com a comunidade local.
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