Estudantes de Pedagogia visitam a Casa de Paulo Freire
As estudantes do 3º semestre do curso de Pedagogia fizeram hoje uma visita à Casa de Paulo Freire, em São Sebastião. A instituição foi fundada pelo Pedagogo Elias Silva e começou a funcionar dentro da própria casa dele e da esposa, há 23 anos. Desde então a Casa de Paulo Freire se tornou uma referência para a comunidade de São Sebastião.
A Casa de Paulo Freire é uma Instituição sem fins lucrativos, e todo o trabalho desenvolvido lá é voluntário. Os estudantes não precisam pagar mensalidade, e o público-alvo são jovens, a partir de 18 anos, adultos e idosos “até 180 anos”, como diria o professor Elias. A Casa também ajuda na formação de professores que atuam com a EJA na rede pública e particular do DF. O espaço da Casa é da comunidade, na qual vários projetos já foram realizados, tais como oficinas temáticas, saraus literários, ensaios teatrais e outros. Recentemente, a Região Administrativa de São Sebastião está recebendo imigrantes venezuelanos e de outros países, tais como o Haiti. O professor Elias relatou que já alfabetizou haitianos e que há uma grande demanda de venezuelanos.
As estudantes de Pedagogia do IFB partilharam de todo esse conhecimento, como manda a metodologia desenvolvida por Paulo Freire – em um grande círculo no qual foi possível conhecer a história do professor Elias, entender como funcionam as aulas na Casa de Paulo Freire e como os alunos se alfabetizam de maneira efetiva em oito meses de trabalho. O objetivo, conforme o professor Elias, é a construção do conhecimento do educando para que possa ler e escrever, realizar as quatro operações básicas da matemática, além da interpretação que é fundamental. “Paulo Freire tinha uma proposta de formação muito além da alfabetização, ele também formava para o exercício da cidadania” afirma a professora Blenda Oliveira, docente responsável pelo componente de Alfabetização. “A visita técnica à Casa de Paulo Freire ampliou o olhar das futuras pedagogas e pedagogos a respeito da alfabetização de jovens e adultos no contexto da educação popular”, finalizou.
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