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Projeto de extensão capacita profissionais e deixa legado para o Campus São Sebastião

Criado: Terça, 02 de Julho de 2019, 19h57 | Publicado: Terça, 02 de Julho de 2019, 19h57 | Última atualização em Terça, 02 de Julho de 2019, 20h12 | Acessos: 1029

Durante três semanas, Juciara Salviano da Silva, 47 anos, acordou às 4h da madrugada e dirigiu por 160 quilômetros, ida e volta de Planaltina de Goiás ao Instituto Federal de Brasília – IFB/Campus São Sebastião. Tudo para estar presente nas aulas do curso Tecnologia Alternativa em Solocimento, técnica que mistura terra crua, cal, cimento e pouca água para construção de edificações mais ecológicas e sustentáveis, com custo mais baixo do que o convencional.

Nesta terça-feira (2), ela repetiu o trajeto, mas desta vez para receber, juntamente com seus colegas, o certificado de conclusão da capacitação promovida pelo campus em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Distrito Federal (Senar-DF). “Agora vou poder fazer sozinha o muro, o galpão e o galinheiro na minha chácara e, quem sabe, também ganhar dinheiro com este aprendizado”, contou Juciara.

O trabalho de conclusão da turma foi a construção, em solocimento, de um depósito para o Núcleo de Estudos Agroecológicos do campus, que servirá para armazenagem de ferramentas e insumos. O espaço foi construído em 12 dias, “pois nas nossas capacitações”, explicou o professor Arnaldo Lima, do Senar, “os alunos aprendem fazendo; é 5% de inspiração e 95% de transpiração”.

Extensão — O diretor-geral do campus, Robson Caldas, lembrou que é uma obrigação legal dos institutos federais (IFs) atender à comunidade e “que o IFB está de portas abertas para receber as demandas e ser um vetor de desenvolvimento local e regional”. Caldas anunciou mais três cursos (Viveirista, Ferrocimento e Empreendedorismo para mulheres no campo) para o segundo semestre, dentro do projeto de extensão que ele coordena, o de “Enfrentamento à violência contra as mulheres por meio do empoderamento e qualificação de profissionais viveiristas”.

A pró-reitora de Extensão e Cultura do IFB, Cristiane Salgado, destacou o papel dos IFs: “de ser uma escola diferente, criada para mudar a realidade na qual está inserida”. Segundo Cristiane, a extensão é uma ponte entre instituição, sociedade e entidades, “conectando a comunidade à educação profissional, especialmente aos que mais precisam”.

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