Vitória do povo
O auditório do Campus Brasília foi palco de uma das maiores demonstrações de que a "verdade sempre triunfará"! Na tarde de quinta-feira (09/07), o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e o Ministério da Educação (MEC) lançaram em parceria a edição 24 dos "Cadernos de Estudos - desenvolvimento social em debate", uma publicação do MDS. Dedicada exclusivamente ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), a brochura avalia a oferta de cursos FIC e técnicos concomitantes no âmbito do Bolsa Formação, especialmente para os beneficiários dos programas de transferência de renda do Governo Federal no período de 2011 a 2014. E o que os dados revelam contraria os mitos criados. Senão, vejamos*: 1) não haveria demanda de público pobre, por falta de vontade de melhorar de vida. A pesquisa mostra que nos FIC, 33% dos alunos são do BF puro; 30% do cadastro único (atendidos por outros programas sociais), sem ser BF; e 37% são de não cadastro único. Conseguiu-se esse feito organizando a oferta e a demanda.
O Pronatec estendeu seus cursos não apenas para setores técnicos, mas para o atendente, o garçom, o instalador de ar condicionado, o encanador, o azulejista, o gesseiro, o pintor, o conjunto de mão de obra que interfere também na produtividade da economia. Com esse enfoque, saltou de 606 municípios em 2012 para 4.025 em 2014, fundamentalmente atendidos pelo Sistema S e Institutos Federais. As instituições privadas não chegam a 1% dos cursos; 2) o de que aluno não valoriza cursos de graça e pobres não chegariam até o final do curso. Os egressos do BF obtiveram taxa de conclusão de curso melhor que a média: 81,4% contra 79% da média geral, mesma média dos cursos pagos do Senai. As taxas de aprovação também foram similares: 88,3% do BF contar 87,1% da média; e 3) o de que os cursos do Pronatec não tinham aderência com o que o mercado necessitava. Um grupo de estudo com técnicos do MEC (Ministério da Educação), MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), batendo município por município as vagas ofertadas e as ofertas de curso. Entre 70 e 80% dos municípios havia grande aderência entre cursos e demanda. Ao iniciar o curso, havia 361 mil pessoas empregadas; no final estavam em 627 mil. No caso do BF, 55 mil iniciaram o curso já empregados; formados, os empregados haviam saltado para 120 mil. Vitória do povo!
(* A partir de "O sucesso do Bolsa Família e do Pronatec", Luis Nassif)
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