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Atividades do Novembro Negro têm debates ricos e avaliação positiva

Criado: Quinta, 09 de Dezembro de 2021, 07h37 | Publicado: Quinta, 09 de Dezembro de 2021, 07h37 | Última atualização em Quinta, 09 de Dezembro de 2021, 11h39 | Acessos: 905

Após encerradas as atividades do “Novembro Negro de 2021”, representantes de Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabis) das unidades do IFB, organizadores do evento, reuniram-se para avaliação das atividades desenvolvidas.

Ao todo, foram 13 atividades on-line transmitidas pelo YouTube (nos canais da TV IFB ou EmaFilmes) ou Google Meet, que tiveram o objetivo de promover ações de conscientização, sensibilização e valorização da cultura e identidade afro-brasileiras, unificando e fortalecendo a proposta dos Neabis do IFB.

A coordenadora de Sustentabilidade, Cultura, Gênero, Raça e Estudos Afro-Brasileiro do IFB Campus Brasília, Marcela Oliveira, fez um balanço das atividades.

 

Qual a avaliação final das atividades do Novembro Negro e como estão os trabalhos dos Neabis no IFB?

Professora Marcela Oliveira — O Novembro Negro foi bastante positivo. Encerramos o evento com uma mesa-redonda dos Neabis para discutir os caminhos e desafios dos Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas no IFB. Os Neabis do IFB estão cada vez mais unidos e articulados.  Hoje, a principal pauta dos Neabis do IFB é a institucionalização dos núcleos para fortalecer nossas pautas e ações em um regulamento.

 

Para você, qual a importância dessa data (dia da Consciência Negra) na luta contra o racismo?

Professora Marcela Oliveira — O dia da Consciência Negra foi inserido recentemente no calendário escolar, fruto de ações e reivindicações do movimento negro. Na minha trajetória escolar, por exemplo, a comemoração era no dia 13 de maio, data marcada pela abolição da escravidão. Na data, era exaltada a figura da princesa Isabel como sendo a única responsável pelo fim de séculos de escravidão — ignorando totalmente a luta e movimentação dos sujeitos negros. E, infelizmente, várias gerações aprenderam e conviveram na escola com essa manifestação extremamente errada.

A data que lembra a morte de um dos maiores líderes quilombolas, Zumbi dos Palmares, representa um momento de reflexão e de luta contra o racismo, preconceitos e todas as outras formas de exploração e diminuição dos sujeitos pretos. Além disso, também é o marco para celebrar a riqueza e a profundidade da cultura afro-brasileira. Assim nasceu o novembro negro, um mês repleto de atividades, palestras e ações na temática que reverberam o que é feito ao longo do ano todo no IFB, principalmente pelo Núcleo de estudos afro-brasileiros e indígenas e pela coordenação de Sustentabilidade, Cultura, Gênero, Raça e Estudos Afro-Brasileiro.

 

Na sua visão, como fazer com que a cultura e a luta negra estejam presentes ao longo do ano inteiro no cotidiano escolar?

Professora Marcela Oliveira — Como disse nossa grande Lélia Gonzalez, "o 20 de novembro transformou-se num ato político de afirmação da história do povo negro", e nós, educadores e estudantes, precisamos viver 365 dias de consciência negra, debatendo questões raciais, implementando uma cultura antirracista e exaltando, com ações afirmativas institucionais, a força e luta do povo preto no Brasil dento das salas de aula. É importante inserir a produção negra na raiz das instituições de ensino, como, por exemplo, acrescentando obras de autores pretos nos projetos pedagógicos do curso, convidando pessoas pretas para debates, palestras, exposições artísticas durante todo o ano (não somente em novembro e nem apenas sobre assuntos relacionados à temática racial) e criando espaços com momentos seguros de troca sobre o racismo e a educação antirracista.

 

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