Dois campi do IFB recebem projeto de educação midiática
Estudantes dos campi Brasília e Ceilândia do Instituto Federal de Brasília (IFB) participam a partir desse mês de novas atividades de educação midiática, em mais uma parceria com a Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB) e apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do DF (FAP/DF).
O Instituto Federal de Brasília apresenta desde 2022 algumas iniciativas sobre a temática relacionada à educação midiática e a edição deste ano traz o projeto "Letransmídia" (https://www.letransmidiabrasil.com/), dirigido a estudantes do ensino médio, convidados a participar de oficinas, bate-papos e uma pesquisa. "Partindo da premissa de que os jovens desenvolvem habilidades e competências quando do uso dos dispositivos tecnológicos nos seus cotidianos - fora de sala de aula, a programação do Letransmídia vai envolver, pela primeira vez, estudantes de dois campi do IFB, o que nos deixa muito animados com os possíveis resultados", explica a professora Carina Flexor, coordenadora do projeto.
Christine Rebouças Lourenço, diretora-geral do IFB Campus Brasília acredita que a oportunidade será muito importante para os jovens. "Em um mundo onde as mídias sociais e os meios de comunicação influenciam profundamente as opiniões e comportamentos, saber interpretar, analisar e produzir conteúdo de forma responsável é fundamental. A educação midiática permite que os jovens desenvolvam habilidades para discernir notícias falsas, compreender diferentes pontos de vista e usar as tecnologias de forma ética e criativa", explica.
Já Paulo Wanderley, diretor-geral do IFB Campus Ceilândia, afirma que os estudantes estão animados com a programação. "Este tipo de atividade estimula os estudantes a se tornarem cidadãos mais informados, capazes de tomar decisões conscientes e participar ativamente da sociedade", ressalta.
Os pesquisadores do projeto "Letransmídia" sabem que no IFB o uso de aparelhos portáteis é proibido de forma geral conforme a Portaria nº 08/2025, sendo permitido com exclusividade, como é o caso, em atividade didático-pedagógico. A organização do projeto destaca ainda que é necessário que os pais e/ou responsáveis assinem o termo de consentimento para autorização de participação dos estudantes menores de idade, enviado junto a um comunicado encaminhado à direção dos campi Brasília e Ceilândia.
Programação no IFB Campus Brasília
Dia 11/04 (sexta-feira): A equipe de pesquisa do projeto "Letransmídia" vai até o IFB Campus Brasília apresentar o projeto aos estudantes e professores.
Dias 15 e 16/04 (Terça e quarta-feira): Os estudantes do IFB que quiserem continuar no projeto serão convocados para as Oficinas de Influenciadores Digitais e para as Oficinas de Games, que será a parte da pesquisa.
Dia 17/04 (quinta-feira): Alguns estudantes serão selecionados para participarem de entrevistas para conclusão da pesquisa.
Programação no IFB Campus Ceilândia
Dia 17/04 (quinta-feira): Apresentação do projeto (tarde)
Dia 22/04 (terça-feira): Aplicação do Questionário (manhã)
23/04 e 24/04 (quarta e quinta-feira): Oficinas (manhã)
25/04 (sexta-feira): Realização das entrevistas (manhã)
Projeto Letransmídia
O projeto "Letransmídia" tem o apoio da FAP/DF e conta com um grupo de pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) que há quatro anos se dedica a pesquisar o Letramento Midiático Brasileiro para pensar uma educação que fale mais a língua dos alunos.
"A partir de uma metodologia própria que prevê a realização de oficinas com os estudantes, o projeto tem como objetivo mapear e descrever as competências transmídia dos estudantes do ensino médio de escolas públicas das regiões nordeste e centro-oeste do país, com o intuito de elaborar um diagnóstico que seja capaz de orientar a produção de materiais e estratégias pedagógicas para a rede de ensino das citadas regiões", explica a professora Carina Flexor, coordenadora do projeto em Brasília e professora na FAC/UnB.
A pesquisa pretende gerar novas formas de fazer educação no Brasil, além de entender o que as gerações pesquisadas pensam sobre as mídias, para que pesquisadores possam desenvolver manuais de segurança e boa convivência na mídia, ou seja, trazer um letramento midiático para todos: responsáveis, professores e alunos.
O projeto vem sendo desenvolvido pela Rede de Pesquisa em Narrativas Midiáticas e Práticas Sociais que, por sua vez, envolve pesquisadores em seus mais diversos níveis e de diferentes áreas – comunicação, educação, pedagogia, letras, design e psicologia –, aglutinando diversas Instituições de Ensino Superior, como a Universidade de Brasília (UnB), Universidade Estadual de Goiás (UEG), Universidade Federal da Bahia (UFBa), Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e Universidade Federal de Sergipe (UFS).
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