"O santo e a porca"
Nascido em Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, Ariano Suassuna pode ser considerado um dos maiores dramaturgos, poetas, ensaístas brasileiros e, possivelmente, o maior do Nordeste. Seu reconhecimento vai além dos quatro cantos brasileiros de sorte que recebe(u) a admiração e o respeito também dos que o leram (e leem) em mais de sete idiomas - sua obras foram traduzidas do espanhol ao polonês. Como pouquíssimos, soube - faleceu em 2014 - retratar o interior daquela região tão rica e querida por todo(a)s que admiramos 'o belo e o amaro', como diria Caetano Veloso. O título desse post é justamente o de uma de suas obras que trata das agruras do avarento Euricão Árabe, um idoso que guarda todas suas economias em uma porca de madeira, sempre desconfiado de que esta pode ser roubada. Suas inspirações para personagens tão emblemáticos e populares, como João Grilo e Chicó, que no cinema foram brilhantemente interpretados por Matheus Nachtergale e Selton Mello no filme O Auto da Compadecida - certamente sua obra mais conhecida -, são, na verdade, herança de sua infância e juventude vivida no interior paraibano, mais precisamente na cidade de Taperoá. É especificamente em honra a este grande brasileiro, que o Campus Riacho Fundo I oferece a oportunidade para que nós e a comunidade em geral possamos nos familiarizar um pouquinho mais com suas peças. Como disse o reitor Wilson Conciani, vale a pena prestigiar "Quem gosta de ler não morre só" - título da exposição -, que segue até o dia 10 de julho, das 08h00 às 22h00, na biblioteca do Campus. Se pudesse, provavelmente Suassuna expressaria sua concordância: veeeenha, bichin!
Redes Sociais