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Série Mulheres Reais IFB: no campo, elas também se destacam

Criado: Quinta, 12 de Março de 2020, 17h04 | Publicado: Quinta, 12 de Março de 2020, 17h04 | Última atualização em Segunda, 22 de Junho de 2020, 17h59 | Acessos: 1229

Estar no campo, lidar com animais de mais de 500 quilos, manusear mais de 15 quilos de queijo de uma só vez, é coisa de mulher? Também! É o que tem provado a técnica Agropecuária e estudante de Agroindústria, Aelma de Souza Amaral. Estudante do Campus Planaltina do Instituto Federal de Brasília (IFB), ela enfrenta este e outros papéis considerados maravilhosos (como o de mãe de uma criança de quatro anos).

Ela é a segunda personagem da série “Mulheres reais IFB”, uma série de reportagens em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no último dia 8 de março. A série vai trazer ao conhecimento do público personagens femininas que integram a comunidade IFB, sejam alunas, docentes ou técnicas administrativas com atuação em diversos campi do IFB.

Elas foram selecionadas por terem destaque no âmbito profissional, trabalhando com dedicação, assumindo múltiplas tarefas, enfrentando desafios especiais ao longo da jornada e, claro, por serem lembradas com afeto pelos colegas de trabalho ou de sala de aula. São mulheres reais, que assumem jornadas duplas ou triplas e executam seu ofício diário com amor, expressando que se sentem realizadas e quebrando paradigmas sociais, culturais e econômicos.

Aelma foi indicada por seu exemplo de garra em tudo o que faz. Egressa e atual aluna, é ainda estagiária da área de Processamento de Leite e Derivados no setor de Bovinocultura. Ela tem 31 anos e mora no Café sem Troco (DF – 270), na região rural do Paranoá, de onde leva uma hora para chegar ao Instituto. Para fazer tantas atividades e vivenciar com mais tranquilidade sua maternidade, ela tem o apoio do marido e hoje deixa o filho pequeno em uma creche à tarde, mas antes de conseguir a vaga, teve que deixá-lo por um tempo com seus pais na Bahia, período dos mais difíceis.

“Lugar de mulher é onde ela quiser ficar. Na minha opinião não existe lugar específico para mulher ou homem; não me considero feminista, só realista. É difícil conseguir arrumar um emprego nesta área, mas temos de lutar para conseguir nosso lugar, tanto que existem muitas mulheres bem-sucedidas no ramo do agronegócio brasileiro”, argumentou.

E, diferente do que possam pensar, hoje o curso de Agronegócio tem a maioria de estudantes mulheres. “Sempre quis fazer um curso na área da agropecuária, terra, máquina grandes, animais, esse tipo de coisa, e no IFB achei a oportunidade que esperava. Vim da zona rural, no interior da Bahia, filha de lavradores”, contou. E não vai muito longe para ter mulheres que admira nesta área. As suas professoras Heloísa e Roberta são algumas que ela lista com elogios pelo exemplo.

Aelma acredita que está trilhando um bom caminho nos cursos que escolheu. “Mulher é um ser divino. Em outras palavras, alguém que faz de tudo em cima de um salto (ou de uma botina) e no final ainda está linda, maravilhosa!”.

IFB em números

Estatisticamente, atualmente o IFB possui 341 técnicas administrativas e 335 docentes, além de um corpo de alunas de mais de 10 mil discentes. No IFB, podem ser ressaltados ainda projetos de ensino, pesquisa e extensão voltados para mulheres, assim como cursos de formação continuada e eventos voltados exclusivamente a esse público.

Desde o início de sua atuação, o IFB promove ações de promoção da equidade e combate à violência contra a mulher, tendo sido a instituição da Rede Federal a abrigar a coordenação nacional, por exemplo, do Programa Mulheres Mil, que com uma metodologia especial promovia cursos de formação inicial e continuada especificamente para mulheres abordando também ações de direito, saúde, autoestima e empoderamento feminino.

Outras atividades foram além dos muros da instituição, sendo ofertadas em regiões como a Cidade Estrutural. Uma delas foi a “Tertúlia Literária Dialógica”, que chegou a virar método e livro (Editora do IFB/2015) e envolveu vários campi do IFB.

O curso de Viveiricultora (Campus São Sebastião) é um exemplo de uma atividade continuada que tem um olhar especial para o feminino no campo. Já o Campus Brasília promove há uma década o SER Negra -  Semana de Reflexões sobre Negritude, Gênero e Raça. E tem projeto com as mulheres na construção civil (Campus Samambaia), além de colóquios como o Contos de Luas e Lutas dos Saberes Femininos, concurso de redação IFB pela vida das mulheres, projetos com mulheres em situação de rua e curso de doulas.

Na área da Pesquisa, o IFB coordenou o projeto Meninas na Ciência, que em 2018 reuniu em duas oportunidades estudantes de todas as instituições do País que formam a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnologia com o desafio de que elas, em equipes, criassem protótipos de equipamentos que pudessem ser utilizados em salas de aulas para auxiliar estudantes do Ensino Médio nas áreas de Química, Física, Matemática e Biologia. E, este ano, 100 meninas dos 10 campi do IFB estão participando do Steam Power for Girls, promovido pela Embaixada dos Estados Unidos em parceria com o IFB e a UnB.

*Se quiser compartilhar esse conteúdo nas suas redes sociais, use a hashtag #mulheresreaisifb

Confira matéria anterior da série clicando abaixo: 

Confira história de aluna autista do Campus Riacho Fundo

 

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