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Série Mulheres Reais IFB: De coração aberto para receber o estudante do IFB

Criado: Quinta, 26 de Março de 2020, 09h08 | Publicado: Quinta, 26 de Março de 2020, 09h09 | Última atualização em Quarta, 17 de Junho de 2020, 14h06 | Acessos: 901

Deborah Buckley é servidora do Instituto Federal de Brasilia (IFB) e trabalha como Técnica em Assuntos Educacionais (TAE), no Campus Samambaia. Quando começou a atuar no Instituto percebeu que as inseguranças que tinha em relação a sua pessoa foram substituídas pela admiração de toda a equipe. Deborah possui baixa visão e atualmente trabalha no Registro Acadêmico com atendimento ao público. Há pouco mais de um mês ela iniciou atividades com trâmites ligados à vida acadêmica dos estudantes, das matrículas, dos certificados e diplomas e demais procedimentos. 

Para Deborah, o ingresso ao IFB foi como um divisor de águas em sua vida — tanto profissional como pessoal. Por meio da sensibilidade e compreensão diária, ela conseguiu se adaptar às exigências profissionais e seguir motivada. "Estar aqui tem sido um tempo de amadurecimento importante, porque fui muito bem acolhida e incentivada a me abrir em relação às habilidades  e limitações. Por ser uma instituição de ensino inclusiva, o IFB soube me acolher muito bem. Recebo vários feedbacks positivos dos colegas e elogios sobre ser uma pessoa ágil, prestativa e amiga", conta.

Sua história profissional antes de chegar ao Instituto envolveu atividades de ensino do Espanhol e a conclusão de duas graduações na Universidade Federal de Sergipe, em Licenciatura em Pedagogia, entre 2005 e 2009, e em Licenciatura em Letras-Espanhol, entre 2009 e 2013. Percebe que sua carreira no Instituto representa um incentivo a outros estudantes que também tenham alguma dificuldade diante dos seus caminhos. "Sempre acontece das estudantes se aproximarem para conversar e busco dar o meu melhor como ser humano. Em uma ocasião, uma das alunas no campus me procurou para falar sobre acessibilidade em um projeto escolar. Além disso, ouvir e estar presente diante delas, em qualquer situação, é uma forma de me mostrar como exemplo, tanto para estudantes que possuam ou não alguma deficiência".

Sobre as principais superações, ela conta que o grande desafio foi parar de se comparar com as pessoas sem deficiência. "Tive de rever minha percepção pessoal principalmente diante do ambiente familiar, na escola, na faculdade e até nos trabalhos que tive, porque a comparação sempre foi um obstáculo a enfrentar." Para ela, o Dia da Mulher reconhece toda essa capacidade da mulher diante da sociedade. "A data possibilita o fortalecimento de nossas capacidades e, a certeza de que podemos dar o nosso melhor em tudo o que fizermos".

Um cotidiano real diante de um mundo em movimento

Deborah também fala um pouco do seu dia a dia e de suas preferências, quando não está no IFB. Atualmente seus interesses são vários e passam por alguns hobbies e o interesse por conhecer pessoas diferentes. "Costumava praticar atividades físicas, como caminhadas pelo Parque de Águas Claras, ir à academia e à piscina (antes da pandemia do Covid-19). Me interesso muito por vídeos na internet sobre autoconhecimento e curiosidades em geral. Ainda não sei dançar, mas pretendo tentar aprender. Também gosto de cantar de vez em quando", comenta.

Nascida em Niterói, já morou em Florianópolis, João Pessoa e Aracaju, e um de seus interesses está nas viagens. "Ainda não conheço a região Norte do país e, talvez um dia, experimente uma viagem solo. Apesar de ter certeza absoluta que viajar na companhia de outras pessoas, torna a experiência bem mais divertida e agradável", afirma.

Saiba mais sobre  a função de TAE no IFB

O Técnico em Assuntos Educacionais desempenha trabalhos administrativos - de apoio ao ensino. Quem ocupa este cargo pode ser lotado em praticamente qualquer coordenação ligada ao ensino, como na Coordenação de Assistência Estudantil, por exemplo.  O trabalho também pode envolver ajuda aos interesses de professores na verificação de planos de ensino e na participação de reuniões de colegiados de cursos. A profissional também apoia na abertura de processos referente a editais da Assistência Estudantil, como Auxílio Permanência, Bolsa Monitoria, Programa de Incentivo à Cultura, Esporte e Lazer discente, entre outros. Além disso, é possível auxiliar estudantes com dificuldades de aprendizagem.

 

IFB em números

Estatisticamente, atualmente o IFB possui 341 técnicas administrativas e 335 docentes, além de um corpo de alunas de mais de 10 mil discentes. No IFB, podem ser ressaltados ainda projetos de ensino, pesquisa e extensão voltados para mulheres, assim como cursos de formação continuada e eventos voltados exclusivamente a esse público.

Desde o início de sua atuação, o IFB promove ações de promoção da equidade e combate à violência contra a mulher, tendo sido a instituição da Rede Federal a abrigar a coordenação nacional, por exemplo, do Programa Mulheres Mil, que com uma metodologia especial promovia cursos de formação inicial e continuada especificamente para mulheres abordando também ações de direito, saúde, autoestima e empoderamento feminino.

Outras atividades foram além dos muros da instituição, sendo ofertadas em regiões como a Cidade Estrutural. Uma delas foi a “Tertúlia Literária Dialógica”, que chegou a virar método e livro (Editora do IFB/2015) e envolveu vários campi do IFB.

O curso de Viveiricultora (Campus São Sebastião) é um exemplo de uma atividade continuada que tem um olhar especial para o feminino no campo. Já o Campus Brasília promove há uma década o SER Negra -  Semana de Reflexões sobre Negritude, Gênero e Raça. E tem projeto com as mulheres na construção civil (Campus Samambaia), além de colóquios como o Contos de Luas e Lutas dos Saberes Femininos, concurso de redação IFB pela vida das mulheres, projetos com mulheres em situação de rua e curso de doulas.

Na área da Pesquisa, o IFB coordenou o projeto Meninas na Ciência, que em 2018 reuniu em duas oportunidades estudantes de todas as instituições do País que formam a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnologia com o desafio de que elas, em equipes, criassem protótipos de equipamentos que pudessem ser utilizados em salas de aulas para auxiliar estudantes do Ensino Médio nas áreas de Química, Física, Matemática e Biologia. E, este ano, 100 meninas dos 10 campi do IFB estão participando do Steam Power for Girls, promovido pela Embaixada dos Estados Unidos em parceria com o IFB e a UnB.

*Se quiser compartilhar esse conteúdo nas suas redes sociais, use a hashtag #mulheresreaisifb

Confira as  matérias anteriores da série clicando abaixo: 

A história de aluna autista do Campus Riacho Fundo

No campo elas também se destacam

Atitude e sensibilidade na pesquisa e na extensão

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